Conselho de Segurança da ONU quer cortar fontes de financiamento do Estado Islâmico
O Conselho de Segurança da ONU vai hoje adotar uma resolução com o objetivo de cortar os milhões de dólares que financiam o Estado Islâmico, provenientes da venda de petróleo, do tráfico de antiguidades e do pagamento de resgates.
A Rússia apresentou a primeira versão, que reafirma a intenção do conselho de enfrentar a ameaça dos 'jihadistas' que se apoderaram de partes da Síria e do Iraque há cerca de um ano.
Esta resolução impõe sanções a indivíduos e entidades que estabeleçam negócios com petróleo com o Estado Islâmico, com o seu grupo associado na Síria, o Al-Nusra Front, e com outros grupos associados à Al-Qaida.
A medida insta os 193 países membros das Nações Unidas a tomarem "os passos apropriados" para impedir o comércio de bens culturais vindos do Iraque e da Síria e pede à UNESCO que imponha restrições.
A resolução lembra também que os governos dos vários países do mundo devem "impedir que terroristas beneficiem direta ou indiretamente de pagamentos de resgate a partir de concessões políticas" de modo a garantir a libertação de reféns.
Esta resolução pode ser aplicada através de sanções ou uso de força, apesar de não autorizar a ação de forças militares.
Um relatório da equipa da ONU de monitorização da Al-Qaida, publicado em novembro, estima que os 'jihadistas' ganhem entre 850.000 e 1,65 milhões de dólares (entre 750.000 e 1,45 milhões de euros) por dia apenas com a venda de petróleo.