Conflito na Ucrânia fez 4 035 mortos em seis meses
O documento, divulgado a dois dias das eleições organizadas pelos separatistas nos territórios que controlam, demonstra a fragilidade do cessar-fogo acordado no início de setembro, considera a ONU.
O balanço de 21 de outubro da Organização das Nações Unidas (ONU) indicava a morte de 3.724 pessoas, registo que incluía os 298 mortos resultantes do ataque ao avião comercial da Malásia, abatido em julho por um míssil, na zona controlada pelos separatistas pró-russos.
Mais de 930 mil pessoas fugiram de suas casas em Donetsk e Lugansk, dos quais 442.219 deslocaram-se para o interior da Ucrânia e 488.466 refugiaram-se em países vizinhos, principalmente na Rússia.
Segundo a ONU, as eleições promovidas pelos separatistas pró-russos "constituem um travão às negociações de paz e terão um impacto negativo na situação humanitária nas zonas do conflito".
A ONU criticou igualmente a "decisão unilateral" da Rússia enviar um novo comboio humanitário às populações do este da Ucrânia.
O comboio humanitário pode aumentar "uma situação que é já perigosa na Ucrânia".