Confederação do Comércio preocupada com falta de medidas
"O primeiro-ministro deu a entender que manteria o rumo da política destes dois anos sem alteração. Isso preocupa-nos porque não vimos como será feito o relançamento para a saída da crise", disse à agência Lusa Vieira Lopes.
O dirigente patronal reagia assim à declaração ao país de Passos Coelho sobre a decisão do Tribunal Constitucional relativa ao Orçamento do Estado para 2013.
Vieira Lopes disse que a CCP defende que é necessário "deixar respirar a economia portuguesa", realçando que o governo deve, ao nível das instâncias internacionais, "baixar o serviço da dívida, alargando os prazos de pagamento e descendo as taxas de juro", além de ter de alterar "os objetivos para o défice orçamental".
"Em matéria de cortes na despesa, a CCP só se pronunciará à medida que essas medidas forem concretizadas", concluiu.
Pedro Passos Coelho sustentou hoje que o "chumbo" de normas orçamentais pelo Tribunal Constitucional põe em risco a renegociação dos prazos da dívida e a próxima "tranche" do empréstimo a Portugal e que é imperativo evitar um segundo resgate, garantindo ainda que a solução será cortar na despesa pública, e não aumentar impostos.