Sérgio Conceição atira-se a Rui Vitória: "Não sou um boneco"

Treinador portista comentou as incidências da vitória deste domingo sobre o V. Guimarães (4-2), mas não esqueceu o rival do Benfica
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Sérgio Conceição não deixou passar em claro as palavras de Rui Vitória, que lembrou que o técnico portista também já tinha dito coisas diferentes sobre a arbitragem, e reagiu de forma contundente após a vitória do FC Porto sobre o V. Guimarães. Na sala de imprensa, o técnico portista foi duro nas palavras. "Já disse para deixarem os árbitros em paz e já critiquei os árbitros. É verdade. Eu reajo no momento de acordo com aquilo que penso. Já assumi confrontos, entre aspas, com o meu diretor de comunicação e assumo com o presidente, se for preciso. Sou livre, sou crescido. Há outros que me fazem lembrar um boneco que o meu filho tem lá em casa, que tem um botão para o modo agressivo e outro para o modo padre. Há quem seja assim, comandado para aparecer de determinada forma em frente à comunicação social. Eu não sou um boneco", disse Conceição, que fez questão de não deixar dúvidas quanto ao destinatário: "É para o Rui Vitória, é."

Antes, na flash-interview, o treinador portista falou sobre o jogo que valeu a liderança isolada no fim da primeira volta. "A primeira parte não foi de acordo com o nosso ADN. Faltou clarividência para decidir de outra forma. Este intervalo foi o mais fácil desde que cheguei ao FC Porto. Disse aos jogadores que acredito a 100 por cento neles, para serem iguais e eles próprios, e fizemos segunda parte avassaladora, marcámos quatro golos e podíamos ter feito mais. Estou de acordo com o Pedro Martins, que diz que vai fazer segunda volta melhor do que a primeira, porque o V. Guimarães tem uma boa equipa e tem jogadores interessantes", começou por dizer Sérgio Conceição, na zona de entrevistas rápidas, confessando não sabia que o golo inaugural dos vimaranenses tinha dado aos portistas a primeira situação de desvantagem da época.

"Não pensamos muito no resultado dos outros. Temos consciência da equipa e do coletivo forte que temos, e da nossa ambição. Foi uma vitória difícil, mas justa", acrescentou.

Sobre os ajustes ao intervalo, admitiu que quis dar mais largura à equipa. "O nosso início de construção de jogo tinha muita gente por dentro e poucas soluções em largura. Tivemos oportunidade de variar o nosso jogo entre jogo interior e exterior. O início da segunda parte foi fortíssimo da nossa parte, os jogadores interpretaram isso na perfeição", afirmou.

Com 45 pontos conquistados na primeira volta, o treinador portista quer fazer ainda melhor na segunda. "Os pontos são sempre caros para nós. Temos consciência que temos que fazer segunda volta ainda melhor do que a primeira. Temos consciência das dificuldades que vamos ter pela frente mas também temos consciência do nosso valor. Não vai ser fácil derrubar esta equipa", rematou.

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