Comunicação social impedida de entrar na escola

A deputada do Bloco de Esquerda Catarina Martins obteve hoje autorização da polícia para entrar na Escola da Fontinha, no Porto, mas acabou por abdicar da permissão, depois de a comunicação social ter sido impedida de a acompanhar.
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Catarina Martins vai agora questionar o Governo sobre este impedimento.

A autorização dada a Catarina Martins contemplava a possibilidade de acompanhamento por parte de um dos elementos do movimento Es.Col.A.

A assembleia do coletivo decidiu que a comunicação social também deveria estar presente na visita.

Perante a recusa da polícia, a assembleia do movimento optou por não indicar nenhum acompanhante. Alguns dos presentes opuseram-se também a um aproveitamento político da situação.

Um cordão policial, com cerca de 30 elementos, está a proteger a Escola da Fontinha, no Porto, local de onde foi hoje despejado o movimento Es.Col.A.

Os elementos afetos ao Es.Col.A -- Espaço Coletivo Autogestionado do Alto da Fontinha, após o despejo, manifestaram-se na esquadra da Polícia de Segurança Pública do Heroísmo, depois na Câmara do Porto e regressaram posteriormente à Escola, de forma a reocuparem o espaço.

A Es.Col.A - Espaço Colectivo Autogestionado do Alto da Fontinha é um projeto sem fins lucrativos que oferece várias valências, como aulas de desenho, ioga ou guitarra e um clube de xadrez para todas as idades.

Durante a ação de despejo, três indivíduos foram detidos, levados para a esquadra do Heroísmo e serão hoje presentes a tribunal.

A Câmara do Porto revelou hoje que estava disponível para permitir a ocupação da Es.Col.A até ao fim de junho, desde que fosse formalizado um contrato de cedência e o pagamento de uma renda simbólica de 30 euros.

O coletivo Es.Col.A, instalado na antiga escola primária da Fontinha desde abril de 2011, foi hoje de manhã despejado do local.

Um dos manifestantes presentes na Câmara do Porto regou-se com um líquido que disse ser gasolina e tentou imolar-se, mas a polícia retirou-o imediatamente do local.

Em declarações à Agência Lusa, a deputada do BE, presente no Alto da Fontinha, afirmou estar solidária com a decisão da assembleia, considerando inaceitável que a comunicação social não possa entrar num espaço público.

Disse também que o partido vai questionar o Governo sobre a recusa.

"Às 16:45, os elementos afetos ao movimento, que até aí estavam sentados no chão, levantaram-se e tentaram forçar a passagem.

Circula uma espécie de um abaixo-assinado a pedir a demissão do presidente da Câmara do Porto, Rui Rio.

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