Compare: pontos essenciais dos programas para a Segurança Social e o trabalho
+++ Eis algumas das principais propostas dos partidos com assento parlamentar sobre a Segurança Social e trabalho: +++
Bloco de Esquerda:
- Criação de uma taxa sobre o Valor Acrescentado das grandes empresas para financiamento solidário da Segurança Social e de reforço do Fundo de Estabilização da Segurança Social (FESS);
- Repor o abono de família, o Rendimento Social de Inserção (RSI) e o Complemento Solidário de Idosos (CSI) em níveis de cobertura de 2010;
- Alargar a cobertura do subsídio social de desemprego "a todos os desempregados em situação de carência económica";
- Aumentar o salário mínimo nacional para 600 euros.
Coligação Democrática Unitária (CDU):
- Revogar a Contribuição Extraordinária de Solidariedade;
- Reposição da universalidade do abono de família para crianças e jovens e aumento do conjunto das prestações sociais;
- Aumento anual das reformas e pensões nos setores público e privado;
- Reposição da idade legal de reforma aos 65 anos;
- Eliminar as isenções e reduções da Taxa Social Única (TSU);
- Criar uma contribuição sobre as empresas com elevado Valor Acrescentado Liquido (VAL) por trabalhador (grandes resultados com poucos trabalhadores) complementar ao atual regime de contribuições e com ele articulado, abrangendo as empresas com VAL acima de um determinado limite.
- Afetar, complementarmente, 0,25% da receita do imposto a criar sobre as transações financeiras ao reforço do FESS.
- Retomar o pagamento por inteiro e nos meses devidos dos montantes adicionais de julho (subsídio de férias) e de dezembro (subsídio de Natal);
- Aumentar o salário mínimo nacional para 600 euros.
Partido Socialista (PS):
- Reforçar o financiamento e a sustentabilidade da Segurança Social através da diversificação das suas fontes de financiamento: o aumento da Taxa Social Única (TSU) das empresas com elevados índices de precariedade, a consignação à Segurança Social do imposto sobre heranças superiores a um milhão de euros; o alargamento aos lucros das empresas à base de incidência da contribuição dos empregadores para a Segurança Social, reduzindo a componente que incide sobre a massa salarial dos contratos permanentes, de modo a combater a precariedade.
- Esta diversificação das fontes de financiamento far-se-á de modo gradual, até um máximo final de quatro pontos percentuais, sendo o impacto avaliado anualmente e de modo a garantir a não diminuição das receitas para a Segurança Social. "De qualquer forma", escreve o PS, as contribuições sociais continuarão a ser "a principal fonte" de financiamento do sistema previdencial;
- Garantir que não serão alteradas as regras de cálculo das prestações já atribuídas a título definitivo;
- Reavaliar o fator de sustentabilidade face às alterações ocorridas, quer de contexto, quer legislativas;
- Reavaliar e reforçar a coerência do modelo de aplicação da condição de recursos nas prestações sociais de natureza não contributiva;
- Construir um novo acordo de médio prazo com os parceiros sociais que defina a trajetória de aumento do salário mínimo nacional nos anos seguintes.
Portugal à Frente (PSD/CDS-PP):
- Introduzir, para as gerações mais novas, um limite superior para efeitos de contribuição, que em contrapartida determinará um valor máximo para a futura pensão. Essa contribuição deve obrigatoriamente destinar-se ao sistema público e, a partir desse limite, garantir a liberdade de escolha entre o sistema público e sistemas mutualistas ou privados.
- Reversão da Contribuição Extraordinária de Solidariedade em 50% em 2016 e sua abolição em 2017, para as pensões de valor superior a 4611,4 euros;
- Criação de uma 'Caderneta de Aforro para a Reforma', para reforçar a transparência do sistema de Segurança Social;
- Criação um mecanismo que permita moldar o ritmo da reforma pela combinação de soluções de reforma parcial e de reforma gradual - por exemplo, 25%, 50% e 75% - para introduzir "liberdade de escolha na esfera da decisão individual e coletiva e flexibilidade no mercado de trabalho".
- Avaliar a evolução da produtividade do trabalho, de modo a determinar as condições de evolução do Salário Mínimo Nacional:
- Aumentar as pensões mínimas, sociais e rurais;
- Alterar a bonificação do abono de família por deficiência, aumentando-a para os agregados com menos recursos.
- Isenção do pagamento da Taxa Social Única para empresas que contratem trabalhadores a receber subsídio de desemprego, designadamente desempregados de longa duração e jovens, no período remanescente de atribuição do subsídio;
- Propor, a partir de 2015 e com espírito de gradualismo, a revisão do acordo com a Santa Sé sobre a questão dos feriados religiosos.