Comité de Ética da FIFA investiga caso 'Qatargate'
A FIFA lembrou esta quarta-feira que o Comité de Ética está a investigar todas as suspeitas em torno da atribuição do Mundial 2022 ao Catar, em resposta à reportagem publicada terça-feira pela revista 'France Football', com o título 'Qatargate'.
Fonte oficial do organismo frisou à agência Lusa que todas as suspeitas denunciadas pela imprensa estão sob a alçada do Comité de Ética, que abriu um inquérito na última reunião plenária, a 23 de janeiro.
Sobre as denúncias da 'France Football', a mesma fonte insistiu que o Comité de Ética já reuniu uma série de relatórios sobre este caso, pelo que o organismo não fará, de momento, mais comentários sobre o assunto.
"Temos a intenção de realizar uma análise exaustiva a essas alegações, incluindo todas as provas já reunidas para avaliação da credibilidade das suspeitas de más condutas", lembrou a fonte da FIFA, apontando para as conclusões da última reunião do Comité de Ética.
A publicação desportiva francesa lançou uma série de interrogações sobre a atribuição do Mundial 2022 ao Catar, numa reportagem em que denuncia negociatas envolvendo Michel Platini e o ex-chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy.
A revista justifica o título da reportagem - 'Mundial 2022 - Qatargate', - com aquilo que considera ser "um cheiro a escândalo que obriga a colocar a única questão que conta nesta altura: deve a escolha do Catar ser anulada?".
A 'France Football' ressuscitou um email trocado no seio da FIFA, no qual o seu secretário-geral, Jerome Valcke, escreveu: "Eles compraram o Mundial de 2022". Valcke assumiu posteriormente o erro e sublinhou que o tom usado no correio eletrónico até foi ligeiro.