Combate à ETA em Portugal foi decisivo para cessar-fogo
Segundo Rubalcalba, “depois de sofrer um golpe policial com o desmantelamento da nova base logística que estava a planear em Portugal (na zona de Óbidos) e a tentativa de avançar com mais outra em Girona (Catalunha), por causa da saída de França, onde está muito mal, a ETA vê as suas acções truncadas pela acção policial e decide parar”. No entanto, o ministro garante que, apesar deste anúncio, o Governo de Espanha não vai mudar uma vírgula na sua política anti-terrorista, que permanecerá intacta.
A percepção do Executivo de Zapatero face ao comunicado de ontem da ETA é de “cepticismo” porque a organização está “extremamente debilitada” e esse é a verdadeira razão que os levou a anunciar mais uma trégua.
Rubalcalba lembrou que não existe nenhuma possibilidade de abrir um processo de dialogo com a organização terrorista porque a ETA já “quebrou essa via três vezes”. A última foi em 2006, com o atentado no aeroporto de Barajas, e foi “definitiva”. Antes desta acção, o Estado demonstrou que estava disposto a dialogar no âmbito da lei e aquilo que a ETA manifestou foi que apenas estava disposta para “impor condições”, sendo uma delas a de “matar”.
Sobre a análise que o Ministério do Interior faz do comunicado, disse que “a ETA não esclarece se a trégua é indefinida ou não” e, numa resposta a acusações do eurodeputado do PP, Marcelino Oreja, de que existiriam contactos entre os socialistas e a organização, nega rotundamente que este anúncio de ontem se deva “a um diálogo entre o Governo ou o PSOE com os terroristas”.
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