Com os casos a dispararem, Califórnia volta a fechar bares e restaurantes

O aumento de novos casos de covid-19 levou o estado da Califórnia a dar um passo atrás no desconfinamento. As medidas restritivas vão ser mais apertadas em 30 condados, entre os quais Los Angeles.
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"Este vírus não vai desaparecer tão cedo. Espero que todos estejamos cientes disto, mesmo aqueles que imaginavam que iria desaparecer com o calor". O aviso é do governador da Califórnia, Gavin Newsom, que, na segunda-feira, ordenou o regresso de algumas medidas restritivas para travar a propagação do novo vírus. Voltam então a fechar restaurantes, bares, cabeleireiros, cinemas e locais de culto.

A decisão surge com o aumento de novos casos de infeção que se tem verificado no sul e oeste do país, o que tem levado vários estados a recuar na abertura de serviços e de comércio.

Na Califórnia, foram registados 8.358 novos casos diários, segundo os dados mais recentes, referentes a segunda-feira (13 de julho), sendo que o estado regista um total de 329.162 infetados, desde o início da pandemia, e 7.040 mortes. Na semana passada, a média de novas infeções diárias situava-se nos 8.211, um aumento face à média de 7.876 verificada na semana anterior.

Além das medidas restritivas em todo o estado, há 30 condados - entre os quais Los Angeles, que regista uma maior incidência de infeções -, onde as restrições vão ser mais apertadas. Nestes condados não está autorizado o funcionamento de serviços em espaços fechados como ginásios, locais de culto, salões de beleza, barbearias e centros comerciais.

"Conseguimos suprimir a propagação do vírus e fomos capazes de evitar o crescimento no início. Vamos fazer isto de novo ", afirmou o governador da Califórnia, durante uma conferência de imprensa.

EUA com mais de 3,35 milhões de infetados

Gavin Newsom afirmou que não tem dúvidas que vão conseguir diminuir novamente a propagação do vírus, mas isto só será possível com a ajuda da população. Aproveitou, por isso, para pedir novamente aos cidadãos para que continuem a usar a máscara de proteção individual e a cumprirem com o distanciamento físico.

Em Los Angeles e San Diego foi também anunciado que as aulas vão manter-se à distãncia no início do ano letivo e que o ensino presencial irá regressar quando existirem condições de saúde pública.

Além de Newsom, há outros governadores que optaram pelo retrocesso nas medidas de confinamento. É o caso de Doug Ducey e Greg Abbott, governador do Arizona e do Texas, respetivamente, que ordenaram, no início do mês, o encerramento de bares, discotecas, ginásios, cinemas e parques aquáticos.

O governador do Texas tornou mesmo obrigatório o uso de máscaras em público.

Na segunda-feira, Andrew Cuomo, governador de Nova Iorque, anunciou que todos os viajantes oriundos de estados com um nível elevado de propagação do novo vírus devem fornecer os seus contactos às autoridades.

Também o estado da Florida está a enfrentar novos surtos de coronavírus. Só no domingo, registou 15.299 novos casos, o que representa o maior aumento diário de infeções verificado até ao momento num estado norte-americano.

Os Estados Unidos registaram 59.222 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para mais de 3,35 milhões o total de infeções desde o início da pandemia, indicou a Universidade Johns Hopkins.

O país contabilizou ainda 411 mortos nas últimas 24 horas, totalizando 135.582 óbitos, de acordo com os números contabilizados pela universidade norte-americana, sediada em Baltimore (leste), até às 20:30 de segunda-feira (01:30 de hoje em Lisboa).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 569 mil mortos e infetou mais de 13 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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