colaPSo social

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Há quem goste muito de andar com o Estado social na boca. Até se afirmam seus obreiros, mas a realidade demonstra que são os responsáveis pelo colaPSo social.

O modelo de António Costa, dizendo proteger o Estado social, conduz, afinal, ao seu colapso. E este terceiro governo do PS, agora com maioria absoluta, tem acelerado a degradação dos serviços públicos em todos os domínios.

Na gestão das urgências hospitalares, em que reduz Portugal aos patamares do terceiro mundo, sucedendo-se o impensável: grávidas que perdem os filhos por falta de atendimento condigno.

Na gestão do ensino público, em que se avizinha um outro caos quando forem retomadas as aulas, com cerca de 100 mil alunos sem horário completo por falta de professores.

Na gestão da Segurança Social, onde, além de atrasos nas respostas a reformas, implementam cortes cegos nos apoios de educação especial, prejudicando milhares de crianças mais necessitadas.

Na gestão da segurança pública, em que se sucedem as reclamações dos autarcas das principais cidades, ameaçadas por ondas de vandalismo, perante a passividade do ministro da tutela, que deixa encerrar a segunda maior esquadra policial do Porto por falta de efectivos. E onde até avaria a esquadra móvel substituta da esquadra móvel avariada.

Na gestão do nosso património agrícola e florestal, novamente devastado por incêndios, expondo ao ridículo aquelas proclamações de 2017 em que se anunciava "a maior revolução na floresta portuguesa desde D. Dinis".

Quase sete anos depois de iniciar funções como primeiro-ministro, António Costa continua a confundir o acto de governar com a gestão da propaganda. Extinta de vez a "geringonça" e ultrapassado o efeito novidade, gerou-se um duplo cansaço. Os portugueses estão cada vez mais cansados deste governo, como todas as sondagens confirmam, e o primeiro-ministro parece cada vez mais cansado dos portugueses.

Isto ficou muito evidente no recente debate do Estado da Nação, quando António Costa deixou 17 perguntas por responder, recusando prestar esclarecimentos aos cidadãos através de quem os representa na Assembleia da República. É uma inaceitável atitude de desrespeito pela democracia. Esta maioria absoluta socialista transformou o que já era um mau governo num governo ainda pior.

É mesmo preciso quem possa fazer diferente de António Costa, que asfixia os portugueses com impostos enquanto proporciona os piores serviços públicos de que há memória na democracia portuguesa.

É preciso aproximar o nosso país das mais prósperas nações europeias. É preciso agilizar processos para descomplicar a vida dos cidadãos. É preciso que haja serviços mais eficientes, que sirvam quem deles realmente precisa. É preciso trabalhar em cooperação, e não em conflito, com a iniciativa privada. É preciso ter uma sociedade livre das malhas burocráticas e do sufoco fiscal.

É preciso reforçar a capacidade de escolha e o poder de decisão de quem vive em Portugal. É preciso estancar o dramático fluxo emigratório que leva Portugal a perder muitos dos seus melhores talentos. É preciso um país cada vez mais desenvolvido e cada vez menos terceiro-mundista, num combate sem tréguas à estagnação.

Um país que seja a antítese do país de Costa. É possível construí-lo. E começar de imediato.

De forma objectiva e consistente, nomeadamente na saúde, educação, Segurança Social e fiscalidade, só o Iniciativa Liberal tem a visão alternativa, a energia reformista e as propostas que rompem com o statu quo que levou o país à estagnação e à degradação.

Deputado
Escreve de acordo com a antiga ortografia.

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