Cobrança coerciva de impostos dispara em 2015
O Estado cobrou 430 milhões de euros em impostos e multas de forma coerciva, só na primeira metade do ano. A cobrança forçada, escreve este domingo o Correio da Manhã, cresceu 90 milhões entre janeiro e junho de 2015, quando comparada com o mesmo período do ano anterior.
Os números são da Conta do Estado provisória e foram publicados em Diário da República. No caso de impostos diretos, como IRS, a cobrança coerciva foi de 168 milhões de euros. Já no caso dos impostos indiretos - como o IVA ou o Imposto Único de Circulação - fixou-se nos 124 milhões. Nas taxas e multas, o Estado foi buscar 94 milhões, sendo que 44 milhões são relativos a outras dívidas fiscais.
O Estado cobrou assim 2,3 milhões de euros por dia em pagamentos coercivos, ou seja, forçados, que resultam de penhoras. O que representa um aumento de 25% em relação a 2014. Os números, disse ao CM fonte do Ministério das Finanças, demonstram "a eficácia acrescida da Autoridade Tributária em matéria de cobrança coerciva e no combate à fraude e evasão fiscais".
Na primeira metade do ano, foram ainda cancelados reembolsos no valor de 22,4 milhões de euros, na sequência da "deteção pelos serviços da AT de qualquer circunstancialismo que ponha em causa o montante do reembolso", como as declarações de IRS que apresentem divergências, por exemplo.