Ciudadanos cimenta a sua liderança em Espanha
O Ciudadanos surge cada vez mais como o partido favorito dos espanhóis, com a sondagem Metroscopia do El País de março, divulgada ontem, a dar 28,9% das intenções de voto à força de Albert Rivera. Uma liderança que se regista pelo terceiro mês consecutivo.
A curva ascendente do Ciudadanos começou a desenhar-se em julho, acompanhada por uma descida das intenções de voto no PP, tendo-se tornado mais óbvia com a crise independentista e a vitória de Inés Arrimadas nas eleições catalãs do passado dia 21 de dezembro. Só no último mês, o Ciudadanos subiu seis pontos percentuais e encontra-se já a uma distância de 7,4 pontos do PP de Mariano Rajoy (21,5%), o segundo na sondagem ontem divulgada. Somados os resultados das duas forças políticas, a direita e o centro garantem a maioria das preferências, com 50,4% das intenções de voto (há dois anos somavam 46,1%).
"A sondagem confirma que o crescente nervosismo que se vive nas fileiras do PP em relação à ameaça do Ciudadanos é baseado em dados reais. Quando faltam apenas 15 meses para as eleições europeias, autonómicas e municipais, boa parte dos líderes territoriais do PP está preocupada com a possibilidade de perder essas eleições devido ao auge do partido laranja [cor do Ciudadanos]", refere o El País.
Quanto à esquerda, o PSOE continua em queda, estando já abaixo dos 20% (19,4%), algo que não acontecia desde que Pedro Sánchez foi reeleito secretário-geral dos socialistas espanhóis, em junho de 2017. No sentido contrário, o Podemos subiu dois pontos percentuais no último mês, aparecendo agora com 17% das intenções de voto. Em janeiro, a diferença entre PSOE e Podemos era de 6,5 pontos, no estudo de opinião de ontem é de apenas 2,4. "O Ciudadanos está a crescer à custa do PP, mas também do PSOE. Assim, 20% dos que votaram em Mariano Rajoy há dois anos hoje diz-se disposto a apoiar Albert Rivera. Por outro lado, a transferência de votos entre o PSOE e o Ciudadanos é de 12% do apoio recebido por Pedro Sánchez nas últimas eleições gerais", escreve o El País.