Cibercriminoso condenado por deixar Libéria sem acesso à Internet

Pirata informático condenado a quase três anos de prisão por atacar operador de telecomunicações a favor de empresa rival.
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Um britânico foi condenado a dois anos e oito meses de prisão por ter deixado a Libéria sem acesso à rede de Internet em 2016, devido aos ciberataques que desenvolveu contra um operador de telecomunicações daquele país africano.

Daniel Kaye, contratado por um responsável da operadora Cellcom - não havendo informação que esta empresa estivesse envolvida no caso - para atacar a concorrente Lonestar, lançou uma série de ataques cibernéticos em outubro de 2015 que no ano seguinte deixaram a Libéria sem acesso à rede digital.

Segundo a Agência Nacional de Crimes britânica (NCA em inglês), o pirata informático de 30 anos declarou-se culpado por criar uma rede de computadores interligados para atacar sistemas informáticos.

"As suas atividades causaram danos substanciais em numerosas empresas em vários países do mundo, demonstrando a natureza sem fronteiras do crime cibernético", afirmou Mike Hulett, chefe de operações da unidade de luta contra o crime cibernético da NCA.

"As vítimas neste caso sofreram prejuízos de dezenas de milhões de [euros] e tiveram de gastar grande verbas em ações de controlo de danos", acrescentou aquele responsável.

Kaye foi condenado sexta-feira por um tribunal de Londres. Viivia em Chipre quando atacou a rede da Lonestar, obrigada a gastar cerca de 523 mil euros para corrigir os problemas. Mas a fuga de clientes afetados causou-lhe prejuízos na ordem das dezenas de milhões de euros, adiantou a NCA.

O cibercriminoso foi detido em 2017 e depois extraditado para a Alemanha, onde admitiu ter atacado uma das principais operadores de telemóveis germânicas e que prejudicaram cerca de um milhão de clientes no final de 2016.

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