Chinês com visto gold em preventiva até fim de abril
Fonte da Relação de Lisboa disse hoje à agência Lusa que aquele tribunal dispõe até final do mês para a conclusão do processo de extradição de Xiaodong Wang, condenado por um tribunal chinês a 10 anos de prisão pela prática dos crimes de fraude e abuso de confiança.
Com a receção do pedido de extradição, que sucedeu ao mandado de detenção europeu, a Relação de Lisboa tem de ouvir pela segunda vez Wang, que adquiriu um imóvel de luxo em Cascais, ao abrigo do visto gold.
A receção do pedido de extradição introduz um novo prazo para manter o cidadão chinês em prisão preventiva e que se sobrepõe ao período de 18 dias definidos no âmbito do mandado de detenção europeu - terminava na próxima sexta-feira - fixado após a detenção, ocorrida a 20 de março, em Cascais.
Xiaodong Wang foi inquirido pela Relação de Lisboa a 24 de março e expressou que não queria ser extraditado para a China, para cumprir a pena.
No segundo interrogatório, ainda sem data marcada, o cidadão oriental será confrontado com a mesma questão e, se insistir na recusa para ser extraditado, terá de ser aberto outro prazo para apresentar argumentação por escrito, após o qual se abre um prazo para o Ministério Público se pronunciar sobre as alegações.
De acordo com o mandado de detenção europeu, Wang apropriou-se de forma fraudulenta de 12 milhões de yuan (moeda chinesa) e, no âmbito do programa de autorização de residência para atividade de investimento em Portugal, fixou-se em Cascais.
A Procuradoria-Geral da República anunciou que está a investigar o cidadão chinês pelo crime de branqueamento de capitais.
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