China diz que realizou com sucesso teste de intercetação de mísseis
A China disse esta segunda-feira ter realizado com sucesso um teste de intercetação de mísseis, aumentando a sua capacidade de reagir a intervenções estrangeiras, num período em que exerce crescente assertividade nas suas reivindicações territoriais.
Em comunicado, o Ministério da Defesa chinês informou que o teste foi de natureza "puramente defensiva" e não visou nenhuma nação estrangeira.
Os mísseis são uma componente importante da defesa da China e constituem a espinha dorsal do programa espacial de Pequim, que aposta no lançamento de astronautas e de componentes para a estação espacial em órbita do país.
O teste ocorre numa altura em que Pequim reafirma a sua determinação em "reunificar" Taiwan.
O ministro da Defesa chinês, Wei Fenghe, advertiu, na semana passada, que a China vai "lutar até ao fim" para impedir a independência da ilha.
Uma invasão chinesa provavelmente implicaria uma intervenção dos Estados Unidos, que são o principal fornecedor de armamento e aliado de Taiwan.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força caso a ilha declare a independência.
Taipé registou 969 incursões de aviões de guerra chineses na sua zona de identificação de defesa aérea, em 2021, e mais de 470 desde o início deste ano.
A China reivindica também quase na totalidade o Mar do Sul da China, apesar dos protestos dos países vizinhos, incluindo Filipinas, Vietname ou Malásia.