China apela ao diálogo com os EUA nas vésperas de Biden assumir presidência
Em comunicado, o Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, propôs a realização de uma conferência do Conselho Empresarial China - EUA e que os dois países elaborem listas sobre os pontos que consideram críticos na relação, visando chegar a consensos.
Em julho passado, Wang fez um apelo semelhante, face a uma prolongada guerra comercial e tecnológica e disputas em torno do estatuto de Hong Kong, a soberania do mar do Sul da China ou questões de Direitos Humanos.
Wang lembrou esta segunda-feira (7) que a "China mantém sempre a porta aberta para o diálogo", numa alusão velada à posse de Joe Biden, e destacou que são os Estados Unidos que devem "voltar a ser objetivos e racionais".
Para Wang, o principal problema é que "há pessoas nos Estados Unidos com mentalidade da Guerra Fria".
"Espero que possamos aderir a [uma política de] não confrontação e [manter] o respeito mútuo, que sejamos capazes de lidar com as diferenças e que nos dediquemos à cooperação", acrescentou Wang.
Resta saber como a nova Administração norte-americana vai lidar com a guerra comercial que o presidente cessante, Donald Trump, lançou em março de 2018 contra o país asiático.
De acordo com Wang, o atual governo continua a ver o país asiático como "um rival ou até mesmo um inimigo".
O Ministro destacou que a cooperação comercial e empresarial é o "principal motor das relações" e que as empresas norte-americanas devem desempenhar "um papel ativo" para que a relação regresse ao caminho certo.