Chefes de equipa de São José vão "com urgência" ao Parlamento

Audição foi aprovada por unanimidade. Médicos demitiram-se em protesto contra a falta de segurança no serviço de urgências do hospital
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Os chefes de equipa de São José que se demitiram vão ao Parlamento "com urgência" explicar as denúncias sobre problemas no hospital. O requerimento do Bloco de Esquerda para ouvir os especialistas de Medicina e Cirurgia Geral foi aprovado esta quarta-feira por unanimidade.

Quinze dos 16 responsáveis dos dois serviços do Centro Hospitalar Lisboa Central - um deles não terá assinado o pedido de demissão, por ser também chefe da urgência - apresentaram as suas renúncias aos cargos na passada semana. Os médicos argumentam que as Urgências do Hospital São José não têm níveis de segurança aceitáveis.

No texto, os chefes de equipa dizem mesmo que o serviço fica muitas vezes entregue a um interno. Alertam ainda para a falta de profissionais em medicina interna, cirurgia geral e noutras especialidades, falam da falta de contratação de médicos mais jovens e da saída precoce de muitos especialistas e sublinham a perda de idoneidades formativas do centro hospitalar.

"Estamos a falar de um hospital central, que presta dos cuidados mais diferenciados do país, com serviço de urgência polivalente, e para o qual são encaminhados doentes de vários outros hospitais, principalmente os casos mais complicados", lembra o Bloco de Esquerda, no requerimento onde pedia a ida dos médicos à comissão parlamentar de Saúde. "As denúncias feitas pelos chefes de equipa demissionários são, por isso, particularmente graves e devem ser escalpelizadas, nomeadamente pelo Parlamento".

Os médicos demissionários serão agora contactados pelos serviços do Parlamento, para que a sua audição "tenha lugar com a máxima urgência possível".

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