Chefe militar do Xinjiang afastado do PC chinês

O Partido Comunista chinês afastou das suas fileiras o comandante militar do Xinjiang depois de um atentado em Pequim oficialmente atribuído a habitantes dessa região de maioria muçulmana do noroeste da China, informou hoje a imprensa local.
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Peng Yong, que foi nomeado em julho de 2011 como comandante militar da região do Xinjiang, foi demitido das suas funções de membro do Comité Permanente do Partido Comunista chinês dessa região, informou o Diário do Xinjiang.

Este jornal oficial não precisa a razão do afastamento de Peng, mas ele surge menos de uma semana depois de um atentado ocorrido na praça Tiananmen, em Pequim.

Depois de perder a sua posição no Partido Comunista do Xinjiang, o general Peng deverá ser afastado das suas responsabilidades militares na região.

Segundo a polícia chinesa, três uigures do Xinjiang conduziram na segunda-feira um veículo carregado com botijas de gás contra a entrada da Cidade Proibida, num ataque que causou a morte a duas pessoas, bem como aos três ocupantes do veículo, e 40 feridos.

Mais de 50 pessoas foram detidas no Xinjiang, segundo um grupo de defesa dos uigures citado pela agência AFP.

O Xinjiang, que confina com o Afeganistão, Paquistão e três ex-repúblicas muçulmanas da Ásia Central, tem sido palco de confrontos violentos, que causaram dezenas de mortos em abril, junho e agosto e que as autoridades atribuem normalmente a "terroristas" ou "separatistas".

Algumas organizações que advogam a "jihad" no Xinjiang estão ligadas à Al-Qaida e os seus membros receberam treino militar no vizinho Afeganistão, afirmam as autoridades chinesas.

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