Charles Aznavour atua em Lisboa a 10 de Dezembro
Charles Aznavour, de 92 anos, atua na Meo Arena, no sábado, dia 10 de dezembro, no âmbito de uma digressão que este ano já o levou a 11 palcos como Amesterdão, Holanda, Tóquio e Osaka, no Japão, passando por Bucareste, Praga, Dubai e Barcelona. Prevê-se ainda a passagem por cidades como Verona, Marbella e Antuérpia, antes de Lisboa.
O cantor, ator e compositor francês de origem arménia, apontado pela imprensa como uma "lenda viva da chanson française", editou, no ano passado, o álbum Encores, composto por inéditos da sua autoria, entre os quais uma homenagem a Edith Piaf e uma recriação de Nina Simone, tendo atuado, na altura, em cidades como Paris, Londres, Bruxelas e São Petersburgo, entre outras, num total de 12 concertos.
Todas as canções do álbum, à exceção de You've got to learn, foram escritas e compostas por Aznavour, que fez os arranjos para a sua voz, sendo a orquestração de Jean-Pascal Beintus.
Com uma carreira com cerca de 70 anos, como cantor, ator e compositor, Aznavour escreveu mais de mil canções em francês, inglês, italiano, espanhol e alemão e vendeu mais de 100 milhões de discos, tendo partilhado o palco com cantores como Edith Piaf, Charles Trenet, Dalida e Yves Montand, entre muitos outros.
O crítico musical Stephen Holden, da revista norte-americana Rolling Stone, descreveu Aznavour cmo uma "divindade pop francesa".
O intérprete de Il faut savoir gravou mais de 1200 canções em oito idiomas, e vendeu mais de 180 milhões de discos, segundo a mesma fonte.
Bryan Ferry, Elton John, Carole King, Paul Anka, Frank Sinatra, Dean Martin, Sting, Marc Almond, Herbert Gronemeyer, Simone de Oliveira e Laura Pausini são alguns dos artistas não-franceses que gravaram temas de Aznavour.
Em 1998, Aznavour foi eleito "Entertainer of the century" pelos consumidores de marcas globais de media como a CNN e a Time Online, somando 18% das preferências mundiais e superando Bob Dylan e Elvis Presley, refere a produtora do espetáculo.
De origem arménia, o músico fundou a organização não-governamental Aznavour For Arménia, como resposta ao terramoto naquele país, em 1988.
Tanto em França, onde apoiou Jacques Chirac contra Jean-Marie le Pen, nas presidencias de 2002, como no Parlamento Europeu, Aznavour "participou em várias iniciativas em defesa dos direitos dos artistas e da lei dos direitos de autor".
Em 1997, a França reconheceu o papel do músico na história da canção francesa, distinguindo-o com o grau de Oficial da Legião de Honra.
Aznavour é embaixador permanente da UNESCO, e o Estado da Arménia concedeu-lhe, em 2008, a nacionalidade arménia. Anteriormente o cantor tinha recebido a Ordem da Pátria, a mais alta condecoração da antiga república soviética e uma das praças da capital, Yerevan, tem o seu nome.
Charles Aznavour atuou em 2008 em Portugal, ano em que recebeu a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores. E volta agora em 2016 a Portugal, para atuar no Meo Arena.