Cerâmica de Valadares não fecha

Os credores da Cerâmica de Valadares aprovaram hoje a proposta do administrador de insolvência no sentido da manutenção da empresa em atividade, suspensão da liquidação do ativo e apresentação, em 60 dias, de um plano de insolvência.
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Em assembleia de credores, que decorreu hoje de manhã, no Tribunal do Comércio de Gaia, todos os credores votaram a favor desta proposta, com exceção do representante do grupo Galp Energia, que se absteve.

O processo de insolvência da Cerâmica de Valadares foi declarado pelo Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia no dia 26 de setembro.

O passivo reclamado pelos credores é de cerca de 95,5 milhões de euros, sendo que 78 % desse montante é reclamado pelo BCP.

No início de outubro, a Segurança Social informou ter efetuado o pagamento antecipado dos subsídios de desemprego aos trabalhadores da Cerâmica de Valadares, depois de todos os funcionários da empresa terem suspendido os contratos.

O pagamento foi feito através do Centro Distrital do Porto, segundo o qual "fica concluído o processo extraordinário iniciado pela Segurança Social por forma a efetuar antecipadamente o pagamento do referido subsídio a cerca de 247 funcionários".

A 15 de maio, a Comissão de Trabalhadores da Cerâmica de Valadares aceitou a proposta da administração da empresa para um "lay-off" por seis meses para 214 funcionários.

Entretanto, desde meados de agosto que os trabalhadores (com salários e subsídios de férias em atraso) mantinham trancas à porta da Cerâmica durante o horário laboral (das 08:00 às 17:00), impedindo a entrada e a saída de viaturas e pessoas.

No final de agosto, a Cerâmica de Valadares começou a pagar aos 200 trabalhadores em "lay-off" as quantias entregues pela Segurança Social relativas a julho, ficando, porém, a faltar os 30 por cento que devem ser assegurados pela própria empresa.

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