CEO do Grupo Lena assegura que irá colaborar com a justiça
O Grupo Lena emitiu esta quarta-feira um comunicado confirmando que "o seu CEO, Doutor Joaquim Paulo da Conceição, foi constituído arguido no âmbito da chamada Operação Marquês", mas reitera que o responsável "não praticou qualquer ato, seja a título pessoal ou na qualidade de CEO do Grupo Lena, que possa ser considerado crime ou sequer censurável". "Esta evolução do processo", continua o comunicado, justifica-se "apenas tendo em conta as teorias da investigação".
O Grupo Lena revela ainda que Joaquim Paulo da Conceição "prestou todos os esclarecimentos que lhe foram solicitados nas três vezes que foi ouvido no âmbito deste processo, mesmo depois de ter sido constituído arguido, qualidade em que foi pela primeira vez ouvido na semana passada".
Na declaração, "o CEO do Grupo Lena, assim como a Comissão Executiva que lidera", referem que continuarão "a defender a justiça e a busca da verdade, a colaborar com a justiça e a fornecer todas as informações necessárias ao adequado andamento do processo".
Ontem, terça-feira, a Procuradoria-Geral da República confirmou que o Ministério Público constituiu como arguido Joaquim Paulo da Conceição e a empresa LENA SGPS no âmbito da Operação Marquês, cujo principal arguido é o ex-primeiro-ministro José Sócrates. O processo conta agora com 25 arguidos - 19 pessoas e seis empresas.
Entre os arguidos estão o ex-administrador da CGD e antigo ministro socialista Armando Vara, Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, João Perna, antigo motorista do ex-líder do PS, Paulo Lalanda de Castro, do grupo Octapharma, Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, ex-administradores da PT, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e os empresários Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão de Ferro e o empresário luso-angolano Hélder Bataglia.