Central Nuclear de Zaporijia novamente desligada da rede
A última linha ainda em operação "foi danificada", explicou a AIEA, recordando que as outras três haviam sido "perdidas anteriormente durante o conflito".
Este incidente ocorreu "após novos bombardeamentos na zona", segundo informações das autoridades ucranianas ao órgão da ONU. No entanto, as instalações continuam a funcionar "graças a uma linha de reserva", especifica a AIEA.
Já em 25 de agosto, a central foi totalmente desconectada da rede ucraniana pela primeira vez, antes de a ligação ser restabelecida.
A central nuclear de Zaporíjia, no sul da Ucrânia, a maior da Europa, está desde março ocupada pelas tropas russas.
Depois de semanas de bombardeamentos que fizeram temer uma catástrofe nuclear, chegou esta quinta-feira à central nuclear uma equipa da AIEA, para fazer uma inspeção.
Moscovo e Kiev acusam-se mutuamente de ataques à central, onde vão permanecer até "domingo ou segunda-feira" alguns elementos da missão da AIEA, entre os quais o próprio diretor, Rafael Grossi.
A Ucrânia acusou a Rússia de ter retirado as suas armas antes da chegada da equipa da AIEA e, na sexta-feira, anunciou que tinha atingido uma base russa em Energodar, no sul do país e não muito longe da central nuclear.
A 19 de agosto, durante uma reunião em Lviv com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, o presidente turco Erdogan mostrou-se preocupado com um possível desastre nuclear em caso de danos a essas instalações.
"Estamos preocupados, não queremos outra Chernobyl", disse Erdogan, referindo-se ao acidente nuclear de 1986 na Ucrânia.