O setor público vai ter de se endividar em menos 200 milhões de euros no ano que vem comparando com o que vigora em 2018..A proposta de lei do Orçamento do Estado de 2019, que foi entregue às 23h48 do dia 15 de outubro, faltavam 12 minutos para o fim do prazo, diz que "para fazer face às necessidades de financiamento decorrentes da execução do Orçamento do Estado, incluindo os serviços e fundos dotados de autonomia administrativa e financeira, o Governo fica autorizado a aumentar o endividamento líquido global direto até ao montante máximo de 10 mil milhões de euros"..O valor é 200 milhões de euros mais baixo do que o que vigora este ano (10,2 mil milhões de euros)..Segundo o articulado, "entende-se por endividamento líquido global direto o resultante da contração de empréstimos pelo Estado, atuando através do IGCP" bem como "a dívida resultante do financiamento de outras entidades, nomeadamente do setor público empresarial, incluídas na Administração central" e "a dívida de entidades do setor público empresarial, quando essa dívida esteja reconhecida como dívida pública em cumprimento das regras europeias de compilação de dívida na ótica de Maastricht"..Luís Reis Ribeiro é jornalista do Dinheiro Vivo