O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, afirmou este domingo que Portugal "não é um país racista", mas considera "evidente que existem isoladamente crimes de racismo" no país..Em comunicado, e sem nomear o partido Chega que organizou este domingo uma manifestação, em Lisboa, para dizer que "Portugal não é racista", Francisco Rodrigues dos Santos considerou contudo que "juntar centenas de pessoas nas ruas em plena crise pandémica (...) é uma imoralidade e um insulto a quem está a sofrer com esta pandemia".."Não vale tudo para responder à retórica da extrema-esquerda e à sua visão do país que só existe na cabeça dos seus apaniguados", sublinha Francisco Rodrigues dos Santos em comunicado, considerando que "o bom senso é o único radicalismo de que Portugal precisa"..Para o líder partidário, "é tão óbvio que Portugal não é um país racista, como é também evidente que existem isoladamente crimes de racismo", sublinhou..A declaração é feita no dia em que centenas de pessoas participaram em Lisboa numa manifestação promovida pelo Chega para dizer que "em Portugal não há racismo estrutural", como afirmou o presidente demissionário, André Ventura, em declarações aos jornalistas..Na sexta-feira, centenas de pessoas juntaram-se a uma concentração contra o racismo e antifascista em Lisboa, promovida por várias organizações na sequência da morte do ator Bruno Candé Marques..No sábado, foi a vez do Porto acolher uma homenagem, que juntou cerca de 200 pessoas em homenagem ao ator, baleado há uma semana na via pública em Moscavide (Loures)..O suspeito do homicídio, um homem de 76 anos, vai aguardar julgamento em prisão preventiva.