Governo acusado de ter escondido programas por "falta de credibilidade"

Socialistas trocaram um modelo de recuperação gradual por um modelo aventureirista, apontou Mota Soares, no debate sobre Programa de Estabilidade
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Com "três razões" apenas o Governo quis "esconder" o Programa de Estabilidade (PE) "e adiar a sua discussão", acusou esta quarta-feira à tarde o deputado centrista Pedro Mota Soares, no debate sobre o PE e o Programa Nacional de Reformas.

Para o deputado do CDS, "falta credibilidade" ao texto do ministro das Finanças, Mário Centeno, que, segundo Mota Soares, "é responsável por cinco cenários macroeconómicos diferentes" no espaço de um ano.

Uma segunda razão apontada pelo antigo ministro do governo PSD/CDS deve-se ao facto deste PE representar "o fim de linha para as ilusões" que os socialistas apresentaram "aos portugueses: trocaram um modelo de recuperação gradual por um modelo aventureirista", indicou, numa crítica recorrente dos centristas. Para concluir: "Isto não é um plano de estabilidade, é um plano de travagem da economia e do emprego."

Por fim, Mota Soares apontou uma terceira razão, que tem sido a tecla do CDS neste debate, a da "responsabilidade política". Para os centristas, "pode ser a primeira vez que um documento com a importância deste não vai a votos"

BE e PS limitaram-se a responder com o regimento do Parlamento e o "escrupuloso respeito" daquele texto, que estabelece que a votação terá lugar na sexta-feira. Como aconteceu no ano passado, recordou a deputada socialista Ana Catarina Mendes.

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