João Moura detido por suspeita de maus tratos aos seus cães. "Alguns estavam magros, mas não os tratei mal"

João Moura foi detido esta quarta-feira em Monforte, confirmou ao DN fonte oficial da GNR. Constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência, o cavaleiro rejeita a prática de alegados maus tratos aos animais. "Estou com a consciência tranquila", afirmou.
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O cavaleiro tauromáquico João Moura foi esta quarta-feira detido em Monforte, no distrito de Portalegre, por suspeita da prática dos crimes de maus tratos a animais de companhia, uma informação avançada pela Rádio Elvas e confirmada ao DN por fonte oficial da GNR. Durante a tarde, o cavaleiro, de 59 anos, foi interrogado por um procurador do Ministério Público (MP) em Portalegre, tendo sido constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência. O cavaleiro já veio negar os maus tratos aos animais.

A detenção, apurou o DN, ocorreu na propriedade do cavaleiro, na Quinta de Santo António, na manhã desta quarta-feira, na sequência de uma denúncia que originou uma investigação do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR.

Ao blogue O Farpas, João Moura nega os alegados maus tratos aos animais. "Fui detido para ser ouvido pela GNR em Monforte, não foi em Tribunal. Tinha lá uns cães mais magros e alguém denunciou isso, mais nada", explicou.

"Agora vão instruir o processo e vai seguir para a frente. Já prestei as minhas declarações e estou em casa tranquilo e com a consciência tranquila. Não matei ninguém, não roubei ninguém, não tratei mal os meus cães, alguns estavam magros, mas não os tratei mal!", acrescentou.

Segundo disse à Lusa fonte da Guarda Nacional Republicana, "houve um auto de notícia elaborado pela GNR, há algumas semanas, que originou um processo-crime que está na fase de inquérito".

O Ministério Público (MP) delegou na GNR a elaboração do inquérito e, no âmbito das diligências de investigação que foram desenvolvidas, o MP "propôs o mandado de busca na propriedade do visado, em Monforte", acrescentou a mesma fonte.

O cavaleiro foi então detido na sequência do cumprimento de um mandado de busca à sua propriedade, tendo sido apreendidos 18 cães.

Depois de ser interrogado por um procurador do Ministério Público, em Portalegre, o cavaleiro foi constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência.

Em causa está o crime de maus tratos a animais de companhia que, segundo o código penal, é punível com uma pena de prisão até dois anos ou uma multa até 240 dias.

Atualizado às 21:05

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