"Ouvidos os partidos representados na Assembleia da República, tendo em conta os resultados das eleições legislativas de 5 de Junho e o acordo de coligação estabelecido entre o PSD e o CDS, o Presidente da República indigitou hoje [...] Passos Coelho, para o cargo de Primeiro-Ministro," pode ler-se no comunicado. .Cavaco não perdeu tempo e convidou Passos a formar o Governo logo após a audição com o PSD - o último dos partidos chamado a Belém. Os dois estiveram reunidos a sós durante cerca de meia hora. Durante esse tempo Passos terá dado a conhecer a Cavaco os seus futuros ministros. .À saída, porém, Passos Coelho falou com os verbos no futuro, como se não tivesse ainda sido indigitado. O novo primeiro-ministro anunciou que amanhã PSD e CDS vão assinar publicamente o acordo de coligação. .Pedro Passos Coelho, prometeu apresentar um Governo "dentro da urgência que o país precisa", sublinhando que o Presidente da República será o primeiro a conhecer a sua composição.."Quanto à estrutura do Governo, à sua composição, é uma matéria que estará do conhecimento do senhor Presidente da República quando o futuro primeiro-ministro for indigitado e puder começar a fazer convites para o futuro Governo", afirmou Pedro Passos Coelho.."Até lá a comunicação social e o país terão que aguardar pelo processo de formação do Governo", acrescentou, prometendo ser "coerente" e apresentar "um Governo dentro da urgência que o país precisa"..Questionado sobre quem será o próximo ministro das Finanças, Passos Coelho escusou-se a adiantar qualquer nome, reafirmando apenas que pensou em "muitas pessoas" para o futuro executivo.."Pensei em muitas pessoas para o futuro Governo que o PSD viesse a fazer. Disse mesmo durante a campanha eleitoral que tinha o Governo na minha cabeça e, portanto, pensei em muitas pessoas, mas não vou individualizar nenhuma delas", declarou..Recordando que a formação do Governo "é um processo próprio" e será conduzido pelo primeiro-ministro indigitado, Passos Coelho reforçou a ideia de rapidez..Fernando Nobre.Passos confirmou o que duas horas antes Paulo Portas anunciara em primeira mão: o nome de Fernando Nobre para presidente da Assembleia da República não consta do texto. .Mesmo sem a garantia da eleição, o líder do PSD garantiu que vai cumprir a sua palavra e apresentar o nome de Nobre ao grupo parlamentar do partido para que seja proposta. ."Eu sou um homem de palavra, convidei o doutor Fernando Nobre para ser o candidato do PSD à presidência da Assembleia da República e nessa medida irei apresentar na altura própria o nome do doutor Fernando Nobre ao grupo parlamentar do PSD, que o proporá para presidente da Assembleia da República", referiu, insistindo que o processo decorrerá "no âmbito parlamentar, não no âmbito do Governo".