Caudal do Douro deve normalizar nas próximas 48 a 72 horas

Os níveis do caudal do rio Douro deverão "normalizar" nas próximas 48 a 72 horas, mas as autoridades mantêm-se "atentas" devido à previsão de mais chuva e aos débitos ainda acima do normal das barragens.
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"Neste momento a situação tende a normalizar. A chuva que caiu ontem [domingo], ao fim da tarde, não causou nenhuma preocupação que alterasse o nosso estado de prontidão", afirmou o oficial adjunto da Capitania do Douro e responsável do Centro de Prevenção de Cheias, Raul Risso, que falava à agência Lusa ao final da manhã de hoje.

Ainda assim, o responsável admitiu que os níveis das águas do Douro "não estão ainda de acordo com aquilo que se consideram valores normais para o curso do rio", pelo que as autoridades continuarão "atentas, pelo menos esta semana".

"Vamos estar atentos. Espero que nas próximas 48 a 72 horas o rio volte aos seus valores normais, mas ainda vamos ter chuva que, mesmo que em valores não considerados preocupantes, claro que influenciam", disse Raul Risso.

De acordo com o responsável do Centro de Prevenção de Cheias, as descargas das várias barragens ao longo do rio Douro, incluindo as espanholas, "têm estado a reduzir, mas ainda são valores que causam alguma preocupação".

"A barragem de Crestuma ainda está com valores de descarga acima dos 3.000 metros cúbicos por segundo, o que não é normal, e as barragens espanholas andam por volta dos 800/900 metros cúbicos por segundo. Esses valores têm que descer ainda mais para podermos chegar a um nível inferior do rio", sustentou.

Na zona da Régua, o curso do Douro -- que, na sexta-feira, inundou a plataforma do cais fluvial, bem como os dois estabelecimentos comerciais ali instalados -- está ainda "mais um metro e meio do que é normal", enquanto no troço de Crestuma à foz, no Porto, o caudal está "com mais cerca de um metro" do que o habitual.

"A nossa grande preocupação é a cheia e, se isso não acontecer, estamos confortáveis. Mas temos que estar atentos, porque os solos ainda estão saturados", concluiu Raul Risso.

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