Cascais viaja até à Nova Iorque de 1980 com Keith Haring
O trabalho do artista norte-americano Keith Haring, que morreu em 1990, vai estar em destaque em Cascais, com uma exposição e a transformação da estação de comboios da cidade numa galeria de arte. "Keith Haring. Entre a arte, o ativismo e a moda" estará patente entre 10 de setembro e 10 de novembro no CascaiShopping e reúne "17 obras originais de uma das mais emblemáticas figuras do cenário artístico de Nova Iorque nos anos 1980".
Para a organização, "a ideia da exposição é transportar o visitante para Nova Iorque em plena década de 1980, sob o olhar ímpar do artista e ativista". "Na exposição é possível apreciar algumas das suas obras mais icónicas". Além das 17 obras originais de Keith Haring, a mostra inclui criações de designers de moda inspiradas no trabalho do artista, que levou a arte para as ruas, como a réplica de um casaco usado pela cantora Madonna numa festa em 1984.
Na inauguração da mostra, será recriada a performance que Keith Haring realizou com a cantora Grace Jones em Nova Iorque em 1987, com uma sessão de 'body painting' ao vivo com a modelo Sharam Diniz. A organização convidou o artista português AkaCorleone para "metamorfosear o exterior e interior de uma carruagem de comboio com padrões inspirados na arte de Haring, mas com um design original". Será já na próxima terça-feira que AkaCorleone irá pintar ao vivo uma réplica de uma carruagem de comboios.
A par com a exposição, e tal como Keith Haring fez na década de 1980, o trabalho do artista "sai para a rua e vai ter com as pessoas, ou melhor, vai andar de comboio entre Cascais e Lisboa e vai transformar a estação de Cascais numa galeria de arte".
Keith Haring, que morreu aos 31 anos, foi um artista e ativista, contemporâneo de Jean-Michel Basquiat e Kenny Scharf, cujo trabalho se desenvolveu fora de galerias e museus, nas ruas, no metro e em espaços alternativos.
O seu trabalho caracteriza-se por linhas fortes que formam bonecos e cães. Em 1986, abriu uma loja em Nova Iorque, que considerava uma extensão do seu trabalho, onde vendia t-shirts, 'posters' e imanes com as imagens que criava.