Casacos de pele, flores e limusinas: Sul de França à espera de rei saudita

Presença de Salman Al-Saud força interdição ao público de praia na Riviera francesa por um mês. Monarca viaja com mais de 600 pessoas.
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As férias do rei Salman numa praia da Riviera francesa estão a agitar a pequena localidade de Vallauris, onde a casa real saudita possui uma moradia que se estende por cerca de um quilómetro, paralela ao areal. É precisamente o areal o que está no centro de uma controvérsia com a sua interdição ao uso público durante a permanência do monarca, que vai chegar no final da semana e irá permanecer até ao início da segunda quinzena de agosto.

As autoridades francesas justificam a proibição de uso da praia com a necessidade de garantir a segurança do líder de um país envolvido na campanha aérea contra o Estado Islâmico. Além da interdição do areal, foi criada uma zona de exclusão de 300 metros em torno da residência e ao largo da praia, tendo sido convocados mais efetivos para a força de polícia local. E às críticas de que a França republicana e democrática estaria a ceder a exigências excessivas de um regime monárquico autoritário, respondem que não seria diferente se os presidentes dos Estados Unidos ou da Rússia fossem passar férias em Vallauris. E notam que, em anteriores presenças de dirigentes sauditas, medidas de segurança idênticas ou semelhantes estiveram em vigor.

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