Casa Branca ao diretor da FDA: ou aprova a vacina da Pfizer ou é demitido

Vacinação pode começar na segunda-feira. EUA já perderam mais de 300 mil cidadãos devido à covid-19.
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O chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, ordenou esta sexta-feira ao responsável máximo da Food and Drug Administration (FDA), Stephen Hahn, que aprovasse a vacina da Pfizer-BioNTech imediatamente ou seria demitido até ao final do dia, segundo o Washington Post. Vacinação pode avançar na segunda-feira.

Hahn diz que não foi bem assim, mas a verdade é que o aviso acelerou a aprovação e horas depois, a FDA explicou em comunicado que, após o parecer positivo do painel de especialistas, o regulador "irá trabalhar rapidamente para a finalização e a emissão da autorização de uso de emergência".

A vacina da Pfizer contra a covid-19 - que já roubou a vida a mais de 300 mil norte-americanos - teve luz verde do painel de especialistas norte-americanos que estava encarregado de emitir um parecer técnico sobre o medicamento na quinta-feira. Era o último passo técnico nos esforços do organismo governamental responsável pelos medicamentos nos Estados Unidos antes da aprovação da vacina para uso de emergência.

Dos 22 conselheiros do governo, 17, concluíram que a vacina da Pfizer e de seu parceiro alemão BioNTech parece segura e eficaz para uso de emergência em adultos e adolescentes de 16 anos ou mais. Os efeitos colaterais comuns incluem febre, fadiga e dor no local da injeção.

"Tire as vacinas do bloqueio AGORA. Pare de brincar e comece a salvar vidas !!!", escreveu no Twitter, o presidente Donald Trump, que pressionou repetidamente o FDA para avançar rapidamente na aprovação de vacinas.

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A vacina é a mesma usada pelo Reino Unido, o primeiro país a avançar com a vacinação massiva esta semana. Tal como os EUA também os ingleses usaram a aprovação da agência interna para uso de emergência em solo britânico, uma vez que a EMA (Agência Europeia de Medicamentos) ainda não aprovou a vacina (deve fazê-lo no dia 29 de dezembro).

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