Cartoonista sueco Lars Vilks critica ação da polícia dinamarquesa
"Havia um aumento das ameaças, que a polícia dinamarquesa não levou em conta", afirmou ontem o cartoonista sueco Lars Vilks, que sobreviveu a um dos ataques ocorridos no fim de semana passado em Copenhaga, na Dinamarca, que fizeram dois mortos e cinco feridos. Vilks disse que a polícia "estava mal preparada face ao crescimento das ameaças, um mês após o ataque contra o Charlie Hebdo".
Referindo-se aos ataques, o cartoonista recordou não ter sido "reforçada a segurança" naquele dia. Vilks, de 68 anos, vive com segurança policial permanente desde 2010 por ter representado Maomé sob a forma de cão. Após os ataques de sábado, o desenhador voltou a ser colocado numa casa segura, considerando a polícia que a residência habitual de Vilks, na Suécia, mesmo sob vigilância, "deixou de ter condições de segurança", indicou um porta-voz da polícia sueca.
O desenhador disse numa entrevista à AFP, citada pela Lusa, que era um dos visados no ataque de Omar El-Hussein ao local onde decorria o debate sobre liberdade de expressão e o islão. Para Vilks, "houve uma escalada desde o ataque de Paris e os dinamarqueses não acompanharam a situação".