Carris com menos quatro carreiras e mudanças em 23
As carreiras 10, 203, 777 e 790 da transportadora da zona de Lisboa acabam e deixam de circular em períodos específicos os autocarros 108, 701, 709, 714, 756 e 793.
As carreiras 70, 76 e 729 vão ter redução do período de funcionamento, outras três vão ter redução de frequência - 49, 76 e 724 - e cinco (31, 108, 703, 717 e 794) alterações de percurso.
Duas carreiras (74 e 760) vão ter o seu percurso prolongado e 11 vão ser encurtadas (12, 70, 701, 703, 706, 709, 723, 732, 794, 797 e 18E).
Segundo o diretor de operações da Carris, José Maia, estas alterações decorrem da imposição da 'troika' de as empresas públicas reduzirem despesa e aumentarem receitas.
Com estas mudanças, a Carris espera poupar cerca de quatro milhões de euros este ano.
O responsável assegurou ainda que "ninguém vai ficar sem acesso ao transporte público" e sublinhou que todas as supressões e reduções têm alternativas noutros autocarros ou no metro.
As mudanças têm motivado, no entanto, a contestação de algumas comunidades e associações. Esta semana, por exemplo, várias dezenas de moradores da Alta de Lisboa manifestaram-se na rua contra o fim do 777 e as alterações no 108 e no 701, enquanto meia centena de residentes do Bairro do Calhau, em São Domingos de Benfica, bloquearam a passagem do autocarro 70 na estrada em protesto por aquele percurso deixar de incluir a zona.
Em fevereiro, a transportadora anunciou que as alterações a introduzir na rede a partir de março iriam obrigar à saída de cerca de 100 motoristas. Contudo, explicou José Maia, não será necessário recorrer a despedimentos porque "esse número está praticamente coberto com saídas voluntárias de pessoas que já manifestaram a intenção de sair da empresa".