Carne de cavalo nos preparados Findus era da Roménia

A carne de cavalo detetada em pratos preparados da marca Findus, nos quais estava indicada como carne de vaca, procedia da Roménia. Em Portugal, não foram detetadas irregularidades.
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A emissora de rádio France Info indicou hoje que Spanghero, uma cooperativa radicada em Castelnaudary, no sul de França, reconheceu trabalhar com um matadouro da Roménia, onde se abatem bovinos e cavalos.

Spanghero foi identificada como a origem do engano sobre o tipo de carne dos três preparados da Findus pela Comigel, uma empresa de carne também francesa e com sede em Mets, a que o grupo de congelados se identificou quando se tornou público o escândalo no Reino Unido.

Os serviços antifraude anunciaram na sexta-feira a abertura de uma investigação e o ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, considerou que "não é aceitável" o "engano" sobre a composição dos pratos da Findus e assegurou que se aplicarão "as sanções necessárias".

Tal como tinha feito no Reino Unido umas horas antes, a Findus anunciou na sexta-feira que suspendia em França a venda de três dos seus pratos preparados devido à presença de carne de cavalo, no lugar de carne de vaca, conforme era indicado nas etiquetas.

O diretor-geral da Findus em França, Matthieu Lambeaux, anunciou em comunicado que a empresa foi "enganada", pelo que apresentará queixa contra desconhecidos na segunda-feira.

Em Portugal, as fiscalizações da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) recentes não detetaram carne de cavalo em alimentos vendidos como vaca, disse à Lusa, na sexta-feira, fonte oficial do Ministério da Economia.

"Na sequência das notícias sobre a eventual introdução de carne de equídeos em hambúrguer de bovino e/ou suíno ocorridas em Inglaterra e Irlanda, a ASAE desencadeou uma operação a nível nacional, que decorreu entre 22 e 24 de janeiro, com vista a verificar todas as condições da cadeia alimentar e colher amostras a fim de garantir a segurança dos consumidores e evitar práticas fraudulentas", disse à Lusa a mesma fonte.

Nestas ações de fiscalização a 53 estabelecimentos "não foram detetadas irregularidades semelhantes às das notícias em Inglaterra e Irlanda", adiantou hoje o Ministério da Economia, que tutela a ASAE.

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