Carlos Coelho
Termina amanhã mais uma edição da Universidade de Verão da JSD em Castelo de Vide. Com mais de 16 anos de existência, esta iniciativa marcou profundamente, não apenas aqueles que como eu tiveram a sorte de participar (e já foram mais de 1600 jovens), sobretudo a forma como os partidos passaram a olhar e a investir na formação política. O PSD e a JSD foram pioneiros em 2003 em abandonar as rentrées em modo comício e a apostar numa iniciativa que junta todos os anos cem jovens numa vila alentejana e os coloca a falar sobre os mais diversos temas da política nacional com académicos, governantes, jornalistas, autarcas, entre muitas outras personalidades de vários partidos e independentes. O sucesso da Universidade de Verão foi confirmado também a partir do momento em que outros partidos passaram a querer fazer a sua universidade de verão.
Em primeiro lugar, ainda que existam muitos jovens filiados na JSD na lista de participantes, nunca foi critério de seleção a existência ou não de um cartão de militante. Essa imagem de marca da Universidade de Verão faz que todos os anos militantes de vários partidos e independentes possam aprender mais durante aquela semana de formação. Também contribuirá para isso o facto de no painel de oradores haver sempre um grande pluralismo que enriquece o debate e a qualidade da formação desta iniciativa. De António Vitorino a Adolfo Mesquita Nunes, foram várias as personalidades que atestam este pluralismo que distingue a Universidade de Verão da JSD em relação às demais.
Em segundo lugar, no processo de seleção dos cem participantes, procura-se sempre garantir um equilíbrio geográfico, de género, etário, de forma que a experiência coletivamente também possa ser mais enriquecedora. Isso faz que na mesma sala estejam jovens estudantes de 16 anos ou investigadores de 27 anos, por exemplo, partilhando o mesmo interesse em saber mais e em participar mais ativamente do ponto de vista político e cívico.
Mas a alma desta iniciativa é mesmo o seu diretor, o Carlos Coelho. Há décadas que elegeu a formação política como uma das suas causas de vida e tem dedicado por isso todo o seu empenho e dedicação para a qualificação de milhares de jovens nos últimos anos. Sempre atento aos pormenores, devoto da pontualidade que tem garantido que é sempre religiosamente cumprida, centrado na escolha dos melhores oradores, o Carlos Coelho tornou-se o rosto da formação política em Portugal. Obrigada, Carlos!
Presidente da JSD