Cáritas Portimão vê aumentar em 50% os pedidos de ajuda devido à pandemia
Numa região que vive, essencialmente, do turismo, já se sentem as consequências sociais e económicas da crise provocada pela pandemia covid-19. Com os hotéis de portas fechadas e a restauração a meio gás, diminuem os rendimentos de centenas de famílias que recorrem, agora, às instituições de apoio social.
"São pessoas que tinham um nível de vida razoável, mas deixaram de receber salários", explica Manuela Santos, presidente da Cáritas Paroquial da Matriz de Portimão. São 297 as famílias apoiadas, tornando a Cáritas de Portimão naquela que mais recebeu pedidos de ajuda em todo o Algarve.
A cantina social da Cáritas, aberta desde o início de que foi deccretado o Estado de Emergência, passou a servir 60 refeições diárias. Contudo, esta não é esta a forma de apoio mais solicitada pelas famílias.Manuela Santos conta ao DN que agora "são famílias envergonhadas pela situação", que preferem recolher os cabazes de alimentos na sede da Cáritas.
O Fundo Europeu de Apoio aos Mais Carenciados, cobre o apoio a 168 destas famílias. Os restantes alimentos correspondem aos excendentes do supermercado Auchan, a doações do Banco Alimentar, ou são comprados pela Cáritas.
Além da entrega dos cabazes de alimentos não perecíveis e de frescos, a Cáritas também presta assistência em vestuário. São 92 os voluntários da comunidade paroquial que tentam garantir a resposta aos novos casos, que, como prevê a presidente da Cáritas Paroquial, continuarão a aumentar ao longo das próximas semanas ou meses.