Candidatos a Belém defendem novo governo e depressa

Principais candidatos presidenciais consideram preferível a rápida tomada de posse de um novo governo.
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Os principais candidatos presidenciais manifestaram-se ontem a favor da rápida tomada de posse de um novo governo.

Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que só nos próximos dias será possível avaliar "qual a consistência do apoio político" a um novo governo (PS), declarou: "O país precisa de um governo que governe, um governo que traduza o voto dos portugueses, ao mesmo tempo que passe no Parlamento [e] seja duradouro", pois "o mais urgente é haver um orçamento". E em seguida deixou um recado claro para Belém: "O Presidente da República vai ter de coser o que esteja descosido, trabalhar pelo entendimento, fazer pontes." As declarações de Marcelo foram feitas à saída de um encontro com a UGT - o primeiro de uma ronda com os parceiros sociais.

Sampaio da Nóvoa disse não haver "qualquer razão para atrasar o processo de constituição" do novo governo. "Não seria positivo prolongar, artificialmente, uma situação de indefinição, que poderia trazer desnecessários custos internos e externos", argumentou. E adiantou: "Caso seja eleito PR agirei, de imediato, no sentido de dar posse a um governo que tenha como suporte uma maioria parlamentar", pois quem avalia o programa dos partidos "é exclusivamente" o Parlamento.

Maria de Belém, ex-presidente do PS, defendeu a necessidade de ser tomada uma "decisão rápida". "Foi tomada uma decisão" pelo Parlamento, que "transfere novamente o processo para as mãos do PR e aquilo que espero é que seja tomada uma decisão rápida para que o país entre em estabilidade política, não só porque ela é precisa internamente como é também necessária em termos externos", disse Maria de Belém.

Edgar Silva (PCP) acusou o PR de agir de forma a agradar aos mercados financeiros e disse que Silva deve ser leal à decisão da maioria dos deputados. "Se o Parlamento reúne condições para a viabilização de uma solução de governo, seja ela ou não da vontade do Presidente (...) o Presidente não pode impor a sua vontade, a sua subjetividade, àquela que é a verdade democrática."

Henrique Neto indigitaria Costa mas defendeu que o PR deve pedir aos partidos da esquerda algumas garantias: "Nas atuais circunstâncias teria de pedir aos partidos da nova coligação, ou do novo acordo, algumas garantias de estabilidade relativamente ao futuro."

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