Câmara disponível para discutir acolhimento do Es.Col.A

O vereador socialista na Câmara de Gaia Eduardo Vítor mostrou-se hoje confiante de que a maioria PSD disponibilizará um local no eixo Centro Histórico-Afurada para o movimento ES.Col.A, que foi despejado, na quinta-feira, da escola da Fontinha, no Porto.
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O vereador socialista sugeriu hoje, em reunião extraordinária do executivo, que a Câmara aceitasse discutir em breve uma proposta que visa resgatar o Es.Col.A ao Porto.

No final da reunião, Eduardo Vítor afirmou aos jornalistas que o presidente da Câmara, Luís Filipe Menezes, "aceitou discutir a proposta" do PS na próxima reunião do executivo, que decorrerá no dia 30, à tarde, adiantando que, em concreto, apenas falta definir o local que poderá ser disponibilizado ao movimento, em Gaia, e a forma como tal poderá acontecer.

A Câmara do Porto ordenou, na quinta-feira, o despejo do movimento daquela antiga escola primária, adiantando que estava disponível para permitir a ocupação da Es.Col.A até ao fim de junho, desde que fosse formalizado um contrato de cedência e o pagamento de uma renda simbólica de 30 euros.

Foi perante "a incompreensível recusa do grupo em aceitar estas condições mínimas exigidas por lei" e "aplicadas a qualquer cidadão ou instituição" que se procedeu ao despejo coercivo, explicou a autarquia, em comunicado.

Segundo o vereador do PS, a ideia do executivo de Gaia "não é tentar um transplante artificial de um movimento que tem um contexto muito específico", mas sim, "reconhecendo que a viabilidade do movimento começa a ficar muito reduzida no Porto, assumir uma alternativa em Gaia".

"O movimento Es.Col.A estará muitíssimo mais inclinado a ficar no Porto", frisou, acreditando que os seus elementos não desistirão de tentar reocupar a Fontinha, na quarta-feira.

Para o socialista, Gaia "pode ser uma solução alternativa para este movimento", sobretudo porque pode "servir de interface com o Porto", dada a proximidade com o eixo Centro Histórico-Afurada.

A proposta que estará em análise na segunda-feira irá prever a cedência do direito de superfície de um edifício municipal por cinco anos.

Eduardo Vítor, que admitiu conhecer alguns elementos do movimento, entende que o que inviabilizou a permanência do Es.Col.A no Porto "não foi o pagamento de 30 euros, mas a duração do contrato que a Câmara do Porto estabeleceu".

O socialista criticou "a forma ardilosa com que a Câmara do Porto tentou criar um fim para o serviço que o movimento presta", afirmando que "haverá dimensões de prestação de serviços que não serão compatíveis com dois meses".

O vereador disse ainda que será agora a maioria PSD a desenvolver contactos com o Es.Col.A, porque "todo o trabalho deve ser feito por responsáveis com pelouros".

O presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, não se mostrou disponível para prestar declarações aos jornalistas sobre esta proposta.

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