Câmara defende gestão municipal do espaço do Estádio Nacional
O Complexo Desportivo do Jamor (CDJ) é gerido pelo Instituto de Desporto de Portugal (IDP), organismo sob a tutela da Secretaria de Estado do Desporto.
Perante críticas de munícipes que se opõem à construção de um Campo de Golfe naquele espaço e depois de a autarquia ter admitido embargar as obras daquele campo caso o IDP remeta o projecto para parecer camarário, o vice-presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Paulo Vistas, disse à Lusa que "a gestão daquela área devia estar a cargo da autarquia".
Salientando a "óptima colaboração" entre o IDP e a autarquia, o vice-presidente considerou, no entanto, que "a administração central não tem capacidade financeira, nem de planeamento, nem pessoal suficiente para aquele espaço".
"A autarquia tem planeamento e está mais próxima daquilo que os cidadãos querem", afirmou Paulo Vistas.
"O problema do Estádio Nacional é não haver projecto a médio-longo prazo. É um problema do que se quer fazer: o CDJ não pode estar ao sabor dos governos e das federações desportivas", considerou o vice-presidente da Câmara Municipal de Oeiras.
A intenção da autarquia prende-se com a criação de um "quadro institucional que deveria ser feito", através do qual "a Câmara de Oeiras geria o espaço e os equipamentos seriam geridos pelas federações".
"A nossa área de intervenção poderia ser nos espaços verdes, nas estradas, no equipamento degradado, no investimento ou até no realojamento de famílias que vivem ali perto", avançou Paulo Vistas.
O vice-presidente avançou ainda que a autarquia tem a mesma visão para outros espaços de gestão do Estado no concelho, como o terraplano de Algés (gerido pela Administração de Portos de Lisboa) e a Estação Agronómica Nacional (sob a tutela do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas).