"Do teatro ABC só resta a fachada, o resto já foi demolido e o plano de pormenor do Parque Mayer não prevê a manutenção dessa fachada, [pelo que] vai haver uma intervenção para prosseguir" as obras já iniciadas, afirmou hoje António Costa..O autarca socialista falava aos jornalistas no final de uma cerimónia simbólica que decorreu hoje ao final da tarde no Village Underground, onde foi partilhado com a comunidade de empreendedores e 'startups' o prémio atribuído pelo Comité das Regiões à cidade, em junho..Quanto à questão do teatro do Capitólio, Costa adiantou que a autarquia está a "trabalhar com a empresa empreiteira, a Habitâmega, para que, no quadro do processo especial de recuperação em que está envolvida, seja encontrada uma forma tão célere como possível de a obra ser retomada"..Esta retoma dos trabalhos deve implicar, em sua opinião, uma cedência da posição contratual da Habitâmega a outra empreiteira, devido às dificuldades que esta apresenta e que estão a afetar as obras, atualmente paradas.."É melhor para a empresa e para o dono da obra, que é a Câmara de Lisboa", adiantou..O presidente da Junta de Freguesia de Santo António, em Lisboa, Vasco Morgado, considerou na segunda-feira que a câmara deve suspender qualquer intervenção no Parque Mayer até que haja um acordo final com a Bragaparques acerca daqueles terrenos..Nesse sentido, o social-democrata apresentou na terça-feira uma moção, na assembleia municipal, em que solicitava "esclarecimentos necessários" à câmara sobre os equipamentos que pretende construir nos terrenos do Parque Mayer..A Câmara de Lisboa aprovou, em meados de janeiro, um "acordo global" com a Bragaparques para a aquisição dos terrenos da antiga Feira Popular e do Parque Mayer por 101.673.436,05 euros e que prevê que ambas as partes desistam das ações judiciais que envolvem os terrenos..As partes remeteram ainda para tribunal arbitral a resolução de questões que não alcançaram acordo, como a avaliação dos danos para a Bragaparques dos lucros que não obteve por não poder usufruir dos terrenos da Feira Popular ou dos prédios do Parque Mayer. .Na origem deste processo está a permuta de terrenos da antiga Feira Popular (então propriedade municipal) pelos do Parque Mayer (que pertenciam à Bragaparques), há cerca de uma década..Segundo António Costa, este acordo "está homologado pelo tribunal", estando a terminar o prazo para que o caso seja julgado e no fim do qual o Parque Mayer se torna propriedade municipal.