Câmara assegura continuidade de médico nas freguesias da Régua

A câmara da Régua e as juntas vão assegurar a continuidade do médico em sete extensões de saúde rurais do concelho, um serviço retirado pela Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), disse hoje fonte da autarquia.
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A ARS Norte implementa a partir de hoje uma reorganização das extensões de saúde dos concelhos de Alijó e Régua.

No âmbito desta reestruturação, algumas extensões de saúde são desativadas enquanto outras ficam apenas a funcionar com serviço de enfermagem.

O presidente da câmara da Régua, Nuno Gonçalves, disse à Agência Lusa que, desde dezembro, está em negociações com a ARS Norte no sentido de estabelecer um protocolo que permita a continuidade do funcionamento de todas as extensões de saúde do concelho com médico e com enfermeiro.

Em causa estão as unidades de Poiares, Galafura, Vilarinho dos Freires, Fontelas, Loureiro, Vinhós e Mouramorta.

De acordo com a reestruturação implementada pela ARS Norte, apenas as extensões de Canelas e Sedielos passam a dispor de um médico a tempo inteiro.

A proposta da câmara da Régua, que segue hoje por escrito para a administração regional, prevê que, em conjunto as juntas de freguesia, sejam contratualizados dois médicos que serão integrados no corpo clínico do centro de saúde de Peso da Régua.

"O que está em causa são questões financeiras e, nessa perspetiva, os serviços da ARS foram claros e disseram que não tinham possibilidades de suportar os custos deste modelo", salientou Nuno Gonçalves.

Por isso, as autarquias entenderam que teriam de ser elas a meter a "mão ao bolso" e disponibilizar alguns recursos financeiros para que as populações não fiquem sem médico.

Populações essas que, segundo o autarca, "são desfavorecidas, idosas, sem mobilidade, sem transporte próprio para a sede do concelho e com transportes públicos de certa forma deficitários".

"A minha expetativa é que rapidamente se possa chegar a um acordo. A ARS está recetiva, tem colaborado", frisou.

No concelho de Alijó, no âmbito desta reestruturação implementada pela administração regional, as extensões de saúde de São Mamede de Ribatua, Favaios, Pópulo, Balsa e Vila Chã são desativadas e/ou ficam a funcionar apenas com serviço de enfermagem.

A Lusa conseguiu apurar que em funcionamento com médico a tempo inteiro ficam as unidades do Pinhão, Sanfins e Vilar de Maçada.

O executivo de Alijó recusou por unanimidade a proposta de reorganização porque, segundo o presidente da autarquia, Artur Cascarejo, não pode aceitar mais encerramentos de serviços públicos no seu concelho.

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