Caçador do Alasca condenado a três meses de prisão por matar mãe ursa e duas crias
Andrew Renner, de 41 anos, foi condenado a três meses de prisão e impedido de caçar durante uma década, depois de ter sido filmado a matar uma ursa e as suas duas crias, em Esther Island, na enseada Príncipe William, no Alasca. Segundo o The New York Times, o filho, Owen Renner, de 18 anos, que o acompanhava, foi condenado a 30 dias de pena suspensa e a prestar serviço comunitário.
Atendendo ao local remoto onde tudo aconteceu, dificilmente existiriam testemunhas, mas uma câmara usada para filmar a vida selvagem registou o episódio protagonizado por pai e filho.
Segundo Aaron Peterson, assistente do caso, matar uma mãe ursa ou os filhos é crime, mas raramente existem condenações, porque os caçadores costumam alegar que caçaram o animal por engano e normalmente não têm antecedentes criminais.
No entanto, Peterson considerou que, neste caso, tinha de ser pedida pena de prisão. "O que eles fizeram foi atirar em dois filhotes recém-nascidos que não puderam escapar. Eles não tinham como sair daquela toca. Estavam completamente à mercê dos Renners", disse, em entrevista ao New York Times.
Os caçadores terão começado por matar a mãe, o que fez com que as crias começassem a gritar dentro da toca. De acordo com as imagens de vídeo, voltaram ao local do crime dois dias depois para recolher as balas e esconder os corpos das crias.
Como a ursa adulta estava a ser estudada pelos serviços florestais, tinha um colar com GPS ao pescoço, que foi entregue por Andrew, juntamente com a pele do urso adulto, ao Departamento de Pesca e Caça do Alasca, cerca de duas semanas depois. Segundo a versão do caçador, a morte tinha sido acidental, e desconhecia que existiam crias na toca.
Apanhados pelas câmaras, pai e filho declararam-se culpados das acusações de caça furtiva.