Cabecilha de rede internacional de pornografia de menores detido pela PJ

PJ adianta que a ação de combate à pornografia de menores na internet contou ainda com a participação do Corpo Nacional de Policia de Espanha, da Europol e da Interpol.
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A Polícia Judiciária (PJ) anunciou nesta quarta-feira que participou com as autoridades espanholas, a Europol e a Interpol numa ação de combate à pornografia de menores na internet, que implicou a detenção, na região norte de Portugal, de um suspeito de 24 anos.

"A solicitação das Autoridades espanholas, a Polícia Judiciária procedeu à localização e detenção, na região norte de Portugal, de um homem de 24 anos, que integraria a referida rede de distribuição de material de pornografia de menores", indica um comunicado da PJ.

A PJ esclarece assim que a localização e a detenção em Portugal do alegado responsável pela rede de distribuição de pornografia de menores foi efetuada pela por si e não pela PSP, conforme havia sido inicialmente anunciado pelas autoridades espanholas.

O comunicado da PJ adianta que a ação de combate à pornografia de menores na internet contou ainda com a participação do Corpo Nacional de Policia de Espanha, da Europol (Serviço Europeu de Polícia) e da Interpol (organização internacional de polícia criminal), no âmbito "da cooperação policial internacional e no cumprimento das suas competências reservadas de investigação, nesta matéria".

Na terça-feira, a Polícia Nacional espanhola anunciou ter desmantelado uma página da internet que distribuía material pedófilo a partir de Portugal, tendo detido 12 suspeitos, entre eles o administrador da página, com "a ajuda da PSP portuguesa", sabendo-se agora que foi, na realidade, com a ajuda da PJ.

De acordo com as autoridades espanholas, o administrador da página (webmaster), assim como os servidores em que estava alojada a página, encontravam-se em Portugal, pelo que a operação começou com a sua detenção, tendo em seguida sido detidos os restantes suspeitos de pedofilia em Barcelona, Girona, Sabadell, Cáceres, Albacete, Cádis, Castellón, Madrid, Málaga, Múrcia e Valência.

A polícia sublinhou a idade reduzida dos detidos, dos quais quatro são menores e sete têm pouco mais de 20 anos.

O administrador da página era um cidadão residente em Portugal que, segundo as autoridades espanholas, obtinha benefícios económicos significativos com esta atividade ilegal.

A investigação começou através de uma informação anónima recebida através do portal da polícia espanhola, que em seguida destacou agentes para investigar o caso.

Durante a investigação, os agentes também conseguiram identificar dois cidadãos colombianos, tendo enviado através da Interpol essa informação para a Colômbia, que deverá dar seguimento ao caso, de acordo com as leis daquela país sul-americano.

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