BTL não tem só viagens de sonho. Há dez mil empregos à sua espera
A escassez de mão-de-obra tem sido transversal a várias empresas que operam na área do turismo. Para tentar contornar o problema, a Bolsa de Empregabilidade regressa à BTL, a maior feira de turismo do país, com um número nunca antes visto de empregos. Haverá, pelo menos, dez mil vagas para trabalhar em restaurantes, hotéis, empresas de animação e operadores turísticos.
E, neste ano, com novidades: "A Bolsa de Empregabilidade terá um pavilhão inteiro para promover entrevistas e contactos diretos" entre empregadores e candidatos a emprego, disse ontem, na apresentação desta nova edição, Fátima Vila Maior, diretora de Feiras da FIL e responsável pela Bolsa de Turismo de Lisboa.
"A BTL é uma plataforma de entendimento e onde conseguimos criar uma visão integrada", acrescentou Vítor Neto, presidente da comissão organizadora da feira, e antigo secretário de Estado do Turismo, detalhando que "esta edição é mais e melhor. Temos mais espaço, mais participantes, um pavilhão com saída para o exterior" e vários destinos convidados.
Também o número de visitantes deverá ser o maior de sempre, com perto de 77 mil pessoas. Os primeiros três dias da BTL são, como habitualmente, dedicados aos profissionais do setor, que deverão rondar os 37 mil, e os restantes dois dias - sábado e domingo - ficam reservados para o público, que poderá superar as 40 mil pessoas.
Haverá "uma mudança substancial com apostas novas para seguir o rumo do país", referiu Jorge Rocha de Matos, presidente da Fundação AIP, destacando a aposta do setor na inovação e camadas mais jovens.
Neste ano, o centro é a região nacional convidada da BTL, o terceiro destino turístico que, em 2017, mais cresceu em dormidas e que a feira homenageia depois dos difíceis meses de incêndios do ano passado. À BTL, o centro leva a esperança de captar mais turistas nacionais, o seu principal turista, e aproximar potenciais investidores para a região. A gastronomia será um trunfo durante os cinco dias do certame.