Bombeiros sapadores tentaram forçar entrada no Ministério do Trabalho
Os Bombeiros Sapadores de Lisboa estão a manifestar-se junto ao Ministério do Trabalho em protesto contra um diploma aprovado em Conselho de Ministros relativo ao seu estatuto e à sua aposentação. E já têm uma greve marcada entre 22 de janeiro e 5 de fevereiro.
Com mangueiras e apitos cerca de 150 bombeiros sapadores mostram o seu descontentamento com o aumento para os 60 anos do limite de idade para a reforma e a redução do salário-base. Um grupo destes profissionais tentou forçar a entrada no ministério liderado por Vieira da Silva mas a intervenção da PSP evitou essa invasão. Nesta ação, estão a ser exibidas faixas onde se pode ler "Bombeiros com 60 anos! Quem salva quem?" ou "Sapadores bombeiros dizem não à destruição da carreira e da aposentação".
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) também já convocou uma ação de protesto para quinta-feira (dia 17) junto ao Conselho de Ministros.
Durante o período de greve, de acordo com António Pascoal, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa. o socorro urgente não será colocado em causa - incêndios, acidentes com necessidade de desencarceramento -, mas não serão efetuados serviços como abertura de portas, fecho de água ou limpezas.
Foi ainda aprovada uma carta que irá ser entregue ao Governo e na qual os bombeiros profissionais exigem "um limite de idade adequada para a reforma sem cortes" e "um salário consoante o risco da profissão".
Apesar de ser uma manifestação dos sapadores de Lisboa, os profissionais tiveram o apoio de um grupo de bombeiros de Setúbal e um outro de Tavira (distrito de Faro).
Segundo António Pascoal, também ele dirigente dos bombeiros, citado pela Lusa, o novo estatuto, nomeadamente o aumento da idade da reforma, pode prejudicar o socorro que é prestado às populações e também pode afastar candidatos à profissão devido aos salários baixos.