Assinado pelas deputadas Mariana Aiveca e Catarina Martins, o documento hoje dirigido à Presidente da Assembleia da República questiona se a "ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho) já realizou alguma vistoria às condições de trabalho nas obras da barragem de Foz Tua"..Pergunta ainda se o Ministério da Economia considera que "as obras devem ser interrompidas até que se termine o inquérito, como forma de garantir que todos os procedimentos de segurança estão a ser cumpridos"..O Bloco começa por lembrar que "no dia 26 de janeiro um deslizamento de terras nas obras da barragem soterrou três trabalhadores provocando a sua morte", após "o Secretário de Estado do Ambiente garantiu que o Governo" tudo faria para que não voltasse "a acontecer um acidente deste tipo". ."No entanto, apenas 14 dias depois do primeiro acidente, existem mais vítimas a lamentar", destaca hoje o Bloco de Esquerda para quem "é ainda necessário saber se o Governo considera relevante para as averiguações o alegado vídeo das obras na barragem do Tua, que dá conta de deslizamentos de terras a ocorrer uma semana antes da morte dos três operários"..O partido quer ainda ver esclarecido como "irá o Governo atuar de forma a assegurar que as medidas adequadas são tomadas e que não se repetirão acidentes com vítimas a lamentar naquela obra"..O acidente de hoje nas obras da barragem de Foz Tua provocou cinco feridos, um grave e quatro ligeiros..Os trabalhadores foram atingidos por uma projeção de fragmentos de rocha na execução do desvio provisório de uma estrada, divulgou a EDP..A EDP explica ainda que o acidente ocorreu "ao início da tarde, cerca das 14:45, na execução do desvio provisório da Estrada Nacional 212", na margem direita do rio Tua.."Na sequência de um desmonte de rocha efetuado nessa mesma margem direita, verificou-se a projeção de fragmentos de rocha que atingiram quatro trabalhadores que se encontravam a montar cofragens na boca de saída do túnel de derivação provisória do rio, na margem esquerda", refere em comunicado..O acidente de hoje é o segundo em menos de 15 dias, depois de a 26 de janeiro três trabalhadores terem morrido soterrados na derrocada de uma formação rochosa que se encontra ainda em investigação, nomeadamente num inquérito conduzido pela Autoridade para as Condições do Trabalho.