Berlusconi defende o seu direito à vida privada

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, defendeu hoje o direito à vida privada, após a justiça ter confiscado fotografias de festas numa das suas casas e depois da publicação de informações sobre um alegado "companheiro" da sua mulher.
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"Não quero responder, batemos no fundo com esta intromissão na vida privada de todos", declarou Berlusconi numa conferência de imprensa em Bari.

O chefe do Governo italiano tinha sido questionado sobre uma entrevista de Daniela Santachè, líder do Movimento para Itália (direita), afirmando que a mulher do primeiro-ministro, Veronica Lario, que pediu recentemente o divórcio, tem um companheiro.

Na entrevista publicada hoje no jornal Libero, Daniela Santachè (apoiante do partido de Berlusconi nas eleições regionais) disse que o primeiro-ministro fez tudo para manter a família.

"Renunciou a ter a seu lado a mulher, aceitou que a Itália não tivesse uma primeira-dama e deixou de lado o seu orgulho de homem", afirmou a líder do Movimento para Itália.

Daniela Santachè explicou que decidiu falar agora porque está cansada de abrir os jornais e ler "Berlusconi para aqui, Berlusconi para ali" sem que se explique a verdade que ela conhece.

"Desagrada-me ver na primeira página dos jornais situações que dizem apenas respeito à vida de uma família", reagiu o primeiro-ministro.

Berlusconi foi também interrogado sobre a confiscação ordenada sábado pela procuradoria de Roma de centenas de fotos de recepções privadas nos jardins da sua casa na Sardenha.

"Ninguém pode aceitar que a partir do exterior da sua casa, um fotógrafo tire fotos do interior", disse Berlusconi, alegando que isso colide com o direito à vida privada e à confidencialidade que são "liberdades fundamentais".

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