Mais sete concertos em Portugal. Benjamin Clementine de regresso aonde é feliz

O músico e cantor britânico Benjamin Clementine está de regresso a Portugal para uma digressão de sete concertos, já quase todos esgotados, na companhia "seu quinteto de cordas parisiense".
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Já se passaram quatro anos, desde a estreia de Benjamim Clementine em Portugal, no festival Super Rock, onde atuou ao fim da tarde, no palco secundário. Assim começava uma intensa história de amor entre o músico e cantor britânico e o público português, muito embora a maioria se recorde mais do concerto que daria nesse mesmo ano, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, no Mexefest.

Não falaram na altura adjetivos para qualificar esse momento, que levou às lágrimas tantos dos presentes. Desde então, já foram muitas as ocasiões em que por cá atuou - em nome próprio, em festivais, acompanhado por uma banda ou em momentos mais intimistas -, mas em todos eles se manteve a mesma sensação de se estar a viver algo único e irrepetível, tal como acontece quando nos apaixonamos.

"Volto a Portugal porque quero lembrar-me de novo porque faço isto", afirmou em entrevista ao DN há precisamente três anos, quando cá regressou para um primeira minidigressão por território nacional, como esta que hoje tem início no Convento de São Francisco, em Coimbra, naquela que será o primeiro de sete concertos em Portugal, quase todos já esgotados - apenas subsistem bilhetes para os espetáculos de Ponta Delgada e do Porto, respetivamente a 9 e 10 de junho.

Foi em Paris, cidade para a qual se mudou com apenas 19 anos e onde chegou a viver como sem-abrigo, que se deu a conhecer, por mão de um agente que o ouviu a tocar na rua. Em 2013, gravou o primeiro EP, Cornerstone, com o qual se apresentou no programa televisivo Later with Jools Holland, na BBC 2, onde, descalço, como ainda hoje atua, interpretou ao piano o tema que dá título ao disco, com a sua potente voz de barítono a emocionar os presentes, entre os quais sobressaía um tal de Paul McCartney.

O momento tornar-se-ia "viral" na internet e estava dado o mote para o que viria a ser a carreira deste músico tímido e de poucas palavras, logo comparado a Nina Simone, pelo modo como se transfigura em palco. Como também se escreveu no DN, aquando da sua tal passagem pelo Mexefest, no final de 2015: "Foi amor puro, de parte a parte, o que se passou no Coliseu, que veio literalmente abaixo, como se costuma dizer nestas ocasiões, embalado pela voz de barítono e pela potência do piano de Benjamin Clementine (...) enquanto interpretava hinos como London, Condolence, Adios, Nemesis ou Cornerstone, cantados por todos a uma só voz", como decerto acontecerá uma vez mais por estes dias.

Com dois álbuns já editados, At Least For Now (2015) e I Tell a Fly (2017), Benjamin Clementine condensa na sua música soul, pop, blues e jazz com sonoridades mais eruditas e experimentais, criando assim um universo sonoro muito próprio, que ao vivo ganha ainda mais intensidade. Desta vez vem acompanhado do "seu quinteto de cordas parisiense", para um espetáculo acústico que passará em revista todo o seu repertório, com arranjos mais clássicos, mas com o mesmo arrebatamento de sempre.

Benjamin Clementine and His Parisian String Quartet

Convento São Francisco, Coimbra. 2 de junho, domingo, 21.30. €30 a €35

Teatro das Figuras, Faro. 3 de junho, segunda-feira, 21.30. €30 a €35

Teatro Aveirense, Aveiro. 5 de junho, quarta-feira, 21.30. €30 a €35

Teatro Municipal da Guarda. 6 de junho, quinta-feira, 21.30. €20

Fórum Braga. 7 de junho, sexta-feira, 21.30. €32 a €40

Teatro Micaelense, Ponta Delgada. 9 de junho, domingo, 21.30. €21 a €40

Coliseu do Porto. 10 de junho, segunda-feira, 21.30. €20 a €65

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