Bélgica aposta em Lukaku para quebrar a invencibilidade italiana
O Itália-Bélgica é o principal jogo dos quartos de final do Euro 2020. No relvado do Allianz Arena, em Munique, a partir das 20.00 horas desta sexta-feira, vão estar duas das seleções candidatas à conquista do título. Os italianos procuram quebrar um jejum que dura desde 1968, quando se sagraram campeões da Europa pela única vez, enquanto os belgas tentam confirmar a razão de serem líderes do ranking mundial há quase dois anos e meio com a conquista do primeiro título da sua história.
A Itália de Roberto Mancini tem confirmado tudo aquilo que se esperava antes do Europeu. Afinal, apenas sofreu um golo - diante da Rep. Checa nos oitavos-de-final - e mantém uma série de 31 jogos consecutivos sem perder, dos quais 26 foram vitórias. O impacto de Mancini na squadra azzurra tem sido enorme e torna-a favorita neste jogo, até porque a Bélgica deverá entrar em campo bastante debilitada. Afinal, duas das suas maiores estrelas - Eden Hazard e Kevin de Bruyne - estão em dúvida devido a problemas físicos resultantes da "batalha" com Portugal. Viajaram ambos com a equipa para Munique, embora não tenham participado no treino. Apesar da desconfiança dos italianos, o mais certo é que fiquem na bancada. Assim sendo, a esperança recairá em Romelu Lukaku, avançado do Inter Milão que conhece bem os defesas italianos e já leva três golos marcados neste Euro 2020.
A história joga, entretanto, a favor da squadra azzurra que nunca perdeu com a Bélgica em fases finais, somando vitórias por 2-0 nos Europeus de 2000 e 2016, e por 4-1 no Mundial de 1954. Só no Euro 1980 é que os belgas evitaram a derrota com um empate 0-0, em Roma.
O Estádio Krestovsky, em São Petersburgo, será o palco do Suíça-Espanha (17.00), um jogo que poderá tornar-se no mais importante da história da seleção helvética, que procura pela primeira vez chegar às meias-finais de uma grande competição. Os suíços, que têm o benfiquista Seferovic em modo goleador, não podem contar com a estrela da companhia: o médio Granit Xhaka, que vai cumprir castigo depois de ter brilhado na épica vitória frente à França no desempate por penáltis. Apesar desta baixa de peso, o selecionador Vladimir Petkovic acredita em nova proeza: "Teremos de dar mais 10%. Queremos correr mais que a Espanha e isso é essencial para ganhar."
A seleção espanhola, comandada por Luis Enrique, começou com dois empates embaraçosos com Suécia e Polónia, mas depois com Eslováquia e Croácia marcou dez golos e mostrou que, afinal, é candidata à conquista do seu quarto título europeu. Esta será a primeira vez que as duas seleções se defrontam numa fase final do Europeu, embora se tenham encontrado por três vezes em Mundiais, sendo que a única vitória helvética foi na caminhada espanhola para o título mundial em 2010, na África do Sul. É um aviso a ter em conta.