BE: Demissão deve-se a divergências sobre reforma na energia

O BE sugeriu na segunda-feira que a demissão do secretário de Estado da Energia se deve a uma divergência no Governo sobre a reforma do setor e o fim das "rendas abusivas" existentes em Portugal.
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"O secretário de Estado que era responsável por esta área, que tinha na mão fazer uma reforma para retirar estas rendas abusivas e reduzir os custos da energia para os portugueses, é aquele que se tornou o elo mais fraco e que está fora do Governo", afirmou o deputado bloquista Pedro Filipe Soares.

O deputado do BE comentava aos jornalistas, no Porto, a demissão de Henrique Gomes, conhecida na segunda-feira à noite, por razões "pessoais e familiares".

"Este é um ministério da maior importância, porque sabemos que deveria lidar com aquelas que são rendas abusivas no setor energético, particularmente no caso concreto da EDP", afirmou Pedro Filipe Soares, considerando que existe "um diferendo entre a defesa dos consumidores" e "dos grandes grupos económicos",

"Aparentemente, que está a levar a vantagem são os grandes grupos económicos" acrescentou.

O até agora secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, antigo administrador da REN e da Gás de Portugal, deixa o Governo após nove meses em funções.

O novo secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, exercia o cargo de diretor de Custos e Proveitos da Entidade Reguladora do Setor Energético (ERSE).

O chefe de Estado conferirá posse ao novo secretário de Estado da Energia às 15:30 de hoje, no Palácio de Belém.

Esta é a primeira "baixa" no XIX Governo Constitucional desde a tomada de posse, a 21 de junho de 2011, e acontece no Ministério da Economia e do Emprego, liderado por Álvaro Santos Pereira, um dos ministros que têm estado no centro da polémica sobre a tutela dos fundos comunitários.

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